CASULO DE MALHOA

 

A Festa das Artes volta a Figueiró dos Vinhos para a sua 5.ª edição

junho 28, 2023

No ano em que o FAZUNCHAR celebra a sua quinta edição, a Arte volta a fazer a festa em Figueiró dos Vinhos com uma programação multidisciplinar, de intensa criação e ocupação do espaço público, ambicionando continuar a assumir-se como ponto de encontro, diálogo, experimentação e reflexão entre território, comunidade e Artes.

Nesta edição do FAZUNCHAR, uma iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos e que conta novamente com a curadoria e coorganização da plataforma de intervenção artística MISTAKER MAKER, a programação apresentará um conjunto de cerca de 30 propostas artísticas que nos vão reunir em torno de: pinturas murais que voltarão a ocupar não só as paredes de Figueiró dos Vinhos, mas de todas as freguesias do concelho (Aguda, Arega e Campelo); residências artísticas de música, vídeo e pintura, esta última uma das novidades desta 5.ª edição; exposições, concertos, instalações, workshops, visitas guiadas e uma ação especial denominada de “FAZUNCHAR faz a Festa”.

No que se refere à pintura mural, continuamos a trazer até ao FAZUNCHAR grandes talentos da arte urbana a nível nacional e internacional. Mário Belém, que nos serve de lançamento da edição 2023, por estes dias já a atuar por Figueiró dos Vinhos, é hoje um dos grandes nomes da arte urbana nacional, destacando-se através da sua linguagem - colorida e espirituosa -, onde justapõe com frequência a imagem e a palavra, compondo narrativas visuais de contornos mágicos que assentam num equilíbrio entre o familiar e o inusitado. Da Bélgica, chega-nos Jaune, um artista de stencil de intervenção urbana, cujo trabalho, baseado no paradoxo entre o visível e invisível, resulta em instalações e quadros carregados de humor. Os restantes artistas que integram a programação desta edição serão anunciados em breve.

Neste 2023, o 10.º aniversário do Museu e Centro de Artes de Figueiró dos Vinhos serve-nos de pretexto para montar uma festa dentro desta festa que é o FAZUNCHAR e no último sábado, dia 19 de agosto, propomo-nos viver todos os espaços deste centro de Arte e Cultura. Ao longo de 9 horas, o “FAZUNCHAR faz a Festa” será palco de conversas, desafios artísticos singulares, muita música com concertos e DJ sets e a apresentação do livro MURO, o resultado da residência artística de literatura, realizada por João Pedro Vala na edição 2022.

Nesta ocupação artística do espaço público, como ferramenta de transformação dos lugares e das comunidades, que é o FAZUNCHAR, iremos acolher pelas rua da Vila de Figueiró dos Vinhos a exposição DE TEMPOS A TEMPOS, o resultado das residências artísticas de fotografia das edições 2021 e 2022, realizadas pelo fotógrafo portuense Miguel Oliveira, que nos irá convidar a um deambular físico e temporal.

Outro dos destaques desta edição do FAZUNCHAR, será a residência artística de música, que contará com um dos talentos emergentes mais magnéticos da música portuguesa atual, Ana Lua Caiano a artista “one-woman-band” que tem corrido o país na apresentação dos seus EPs “Cheguei Tarde a Ontem” e “Se Dançar É Só Depois” vai apresentar o resultado da residência num concerto único a 18 de agosto, pelo Jardim do Museu e Centro de Artes de Figueiró dos Vinhos Figueiró dos Vinhos.

Por último, gostaríamos de destacar a identidade visual criada para esta edição 2023 do FAZUNCHAR que teve como ponto de partida a questão “Quais as cores de Figueiró dos Vinhos?” colocada a toda a comunidade e cujas respostas seriam posteriormente trabalhadas num workshop de papel marmoreado. Os resultados são agora a base e veículo de comunicação de todas as iniciativas / ações que integram a programação do FAZUNCHAR 2023 .

 

 PROGRAMAÇÃO COMPLETA

 

Edifício associado à estadia do pintor José Malhoa em Figueiró dos Vinhos e onde faleceu em 26 de Outubro de 1933.
Atraído pelo convite do seu antigo mestre José Simões de Almeida Júnior (tio), José Vital Malhoa chegou Figueiró dos Vinhos por volta de 1883 e encantou-se pelos horizontes longínquos, as serranias, a cor dos campos e costumes, descobriu modelos para as suas pinturas e motivos para o seu projeto artístico. Aqui mandou construir esta casa, cuja planta é composta por dois corpos retangulares articulados em “T”. O corpo mais baixo, originalmente de um só piso corresponde à pequena casa térrea inicial que Malhoa ali mandou construir, possivelmente no ano de 1895.
Mais tarde, em 1898, sob traçado de Luiz Ernesto Reynaud, foi acrescentado um novo corpo, transformando-a numa verdadeira casa, onde a primitiva pequena casa é transformada no atelier de trabalho do Pintor, recebendo uma grande claraboia de ferro e vidro sobre a cobertura, há muito já desaparecida Destaca-se, no seu interior, a pequena sala de jantar aberta para a varanda alpendrada, onde as paredes são revestidas a pergamóide, imitando couro lavrado e as duas sobre-portas exibem frisos floridos em tela pintada a óleo, originais do pintor António Ramalho Júnior. A mesa de jantar e possivelmente o candeeiro da sala serão ainda peças sobreviventes do tempo do Pintor. O teto, em madeira, apresenta uns pequenos nichos que teriam pequenas obras de pintores amigos de Malhoa, entretanto desaparecidas.
Após a reabilitação de 1985, os nichos foram preenchidos com novas obras, produzidas e oferecidas por professores e alunos da Escola de Belas Artes de Lisboa. No jardim existe ainda o antigo caramanchão e um banco, ambos em ferro e contemporâneos do Pintor, e um lago ao gosto da época.

 

 

“O Casulo” de Malhoa é também o ponto de partida do percurso “Uma Volta à Vila, à Volta dos Quatro Artistas”.

Aqui poderá visitar uma exposição*, enriquecida com alguns objetos pessoais deste artista, que lhe permite ficar a saber mais sobre a casa e que revisita a vinda para Figueiró dos Vinhos de José Malhoa (1855-1933) e Henrique Pinto (1853-1912), dois pintores do Grupo do Leão, aqui trazidos a convite do Mestre e amigo José Simões d´Almeida Júnior (1844-1926), nascido em Figueiró, tal com o seu sobrinho José Simões d´Almeida (sobrinho) (1880-1950).

Ver o Casulo por fora é observar o resultado de sucessivas alterações que este sofreu na sua adaptação a residência privada após a venda em 1937.

O Busto de José Malhoa, do escultor caldense António Duarte (1912-1998), localizado já fora dos muros do Casulo, é também digno de nota. Originalmente colocado no Jardim Parque em 1956, foi trazido para a sua atual localização três décadas depois.

Solicite a visita no Museu e Centro de Artes.

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