Solar construído pelo Capitão da Índia, Manoel Godinho de Sá, como se lê na pedra de armas na fachada principal, nos seus bordos laterais, datado de 1681. Edifício de linhas sóbrias e cuidadas, insere-se no retorno ao classicismo pós estilo manuelino. As esquinas e o soco do edifício são rematados por cadeias de pedra de granito, nascendo as esquinas em colunas embebidas em estilóbata e rematadas por um listel curvo que termina no entablamento da cornija.
No segundo piso, um varandim com telhado suspenso por pilares, com beirado “à portuguesa” de traçado orientalista.
É ainda da construção original a porta de entrada do segundo piso, que abre para o varandim, maciça e em castanho, de almofadas e com pregaria de ferro.
Descendente da família dos Godinho de Sá e dos Moxões, igualmente da mesma vila, foi Cavaleiro do Hábito de Cristo e Capitão-mor da Índia, onde esteve 38 anos, passando parte destes na China.
Tendo regressado ao reino muito rico, fez doação à Confraria do Santíssimo Sacramento da Igreja de S. João Batista de Figueiró dos Vinhos de um “excelente cofre de prata, cheio de pregaria, por Deus o haver trazido ao Reino” datado de 1651.