CASULO DE MALHOA

 

Vai nascer uma “Quinta Ciência Viva dos Insetos - Figueiró dos Vinhos”

julho 30, 2024

O Município de Figueiró dos Vinhos e a Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica assinaram, durante a manhã de hoje, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos, um Protocolo de colaboração para a criação da “Quinta Ciência Viva dos Insetos - Figueiró dos Vinhos”.

A cerimónia de assinatura, presidida por Jorge Abreu, Presidente da Câmara Municipal, contou com as intervenções de Rosalia Vargas, Presidente da Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, e de Paulo Santos, 1.º Secretário Executivo da CIMRL – Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria. Após as intervenções foi apresentado, ao público e entidades presentes, o novo projeto que nascerá na Mata Municipal do Cabeço do Peão.

As Quintas Ciência Viva são espaços públicos de contacto com a ciência, a cultura e a inovação, com uma missão centrada na educação, promoção da cultura científica e valorização dos recursos locais, tendo como modelo de gestão uma parceria institucional entre Ciência Viva, administração central ou local, instituições académicas ou científicas, produtores locais e parceiros empresariais. É por isso, segundo palavras de Rosalia Vargas, um “misto de um centro de ciência interativo e de uma quinta produtiva, que desenvolve a economia local, e que atrai visitantes aos territórios”.

Figueiró dos Vinhos é, naturalmente, um território rico na diversidade da sua fauna e da sua flora, apresentando-se, por isso, como um território com forte potencial para o desenvolvimento do turismo baseado na natureza, no ambiente, na cultura e no conhecimento. Os insetos, essenciais para o equilíbrio do meio ambiente e com um importante papel na agricultura, são o maior e mais diversificado grupo de animais, pelo que se torna imprescindível a promoção de uma educação para o melhor conhecimento destas espécies e dos seus vastos benefícios.

Neste sentido, a “Quinta Ciência Viva dos Insetos - Figueiró dos Vinhos”, será, por um lado, um espaço de investigação, promoção e educação para o conhecimento das mais variadas espécies de insectos existentes, tendo um natural impacto no desenvolvimento turístico e potenciando o concelho, quer ao nível ecológico, ambiental e cultural; por outro lado, será uma quinta produtiva - com uma pequena unidade experimental de produção de insetos - tendo já, segundo Rosalia Vargas, sido estabelecidos contactos com "empresas portuguesas que produzem e comercializam insetos". Este projeto é, desta forma e pelas palavras de Paulo Santos, um projeto ”muito complementar,  porque usam-se aqui, atualmente, interesses do ponto de vista da ecologia,  do ambiente, da educação, mas também da dinâmica social, da economia, do emprego. Estes projetos acrescentam muito valor aos territórios, fixam pessoas, aliás, trazem mais pessoas para o território, e sobretudo, geram também, aquilo que é o desenvolvimento sustentável, para os membros dos territórios”.

A futura “Quinta Ciência Viva dos Insetos - Figueiró dos Vinhos” possibilitará, deste modo, incrementar a contínua transformação do concelho, não só a nível turístico e educacional, mas também a nível social e económico, fomentando, por exemplo, o desenvolvimento do tecido empresarial. Um projeto que se afirma, pela sua complementaridade, de vital importância para Figueiró dos Vinhos, contribuindo, paralelamente, para a projeção da região, a nível nacional e internacional.

 Site

 

 

Edifício associado à estadia do pintor José Malhoa em Figueiró dos Vinhos e onde faleceu em 26 de Outubro de 1933.
Atraído pelo convite do seu antigo mestre José Simões de Almeida Júnior (tio), José Vital Malhoa chegou Figueiró dos Vinhos por volta de 1883 e encantou-se pelos horizontes longínquos, as serranias, a cor dos campos e costumes, descobriu modelos para as suas pinturas e motivos para o seu projeto artístico. Aqui mandou construir esta casa, cuja planta é composta por dois corpos retangulares articulados em “T”. O corpo mais baixo, originalmente de um só piso corresponde à pequena casa térrea inicial que Malhoa ali mandou construir, possivelmente no ano de 1895.
Mais tarde, em 1898, sob traçado de Luiz Ernesto Reynaud, foi acrescentado um novo corpo, transformando-a numa verdadeira casa, onde a primitiva pequena casa é transformada no atelier de trabalho do Pintor, recebendo uma grande claraboia de ferro e vidro sobre a cobertura, há muito já desaparecida Destaca-se, no seu interior, a pequena sala de jantar aberta para a varanda alpendrada, onde as paredes são revestidas a pergamóide, imitando couro lavrado e as duas sobre-portas exibem frisos floridos em tela pintada a óleo, originais do pintor António Ramalho Júnior. A mesa de jantar e possivelmente o candeeiro da sala serão ainda peças sobreviventes do tempo do Pintor. O teto, em madeira, apresenta uns pequenos nichos que teriam pequenas obras de pintores amigos de Malhoa, entretanto desaparecidas.
Após a reabilitação de 1985, os nichos foram preenchidos com novas obras, produzidas e oferecidas por professores e alunos da Escola de Belas Artes de Lisboa. No jardim existe ainda o antigo caramanchão e um banco, ambos em ferro e contemporâneos do Pintor, e um lago ao gosto da época.

 

 

“O Casulo” de Malhoa é também o ponto de partida do percurso “Uma Volta à Vila, à Volta dos Quatro Artistas”.

Aqui poderá visitar uma exposição*, enriquecida com alguns objetos pessoais deste artista, que lhe permite ficar a saber mais sobre a casa e que revisita a vinda para Figueiró dos Vinhos de José Malhoa (1855-1933) e Henrique Pinto (1853-1912), dois pintores do Grupo do Leão, aqui trazidos a convite do Mestre e amigo José Simões d´Almeida Júnior (1844-1926), nascido em Figueiró, tal com o seu sobrinho José Simões d´Almeida (sobrinho) (1880-1950).

Ver o Casulo por fora é observar o resultado de sucessivas alterações que este sofreu na sua adaptação a residência privada após a venda em 1937.

O Busto de José Malhoa, do escultor caldense António Duarte (1912-1998), localizado já fora dos muros do Casulo, é também digno de nota. Originalmente colocado no Jardim Parque em 1956, foi trazido para a sua atual localização três décadas depois.

Solicite a visita no Museu e Centro de Artes.

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