CASULO DE MALHOA

 

Figueiró dos Vinhos entrega Medalhas de Honra

junho 07, 2018

A Assembleia Municipal de Figueiró dos Vinhos, reunida a 09 de maio de 2018, deliberou a atribuição de duas Medalhas de Honra do Município, a conceder no próximo dia 24 de junho, e assim, distinguir, com o título de Cidadão Honorário do Município duas personalidades portuguesas pelos seus reconhecidos valores e ações para com o concelho.

Assim, será concedida a Medalha de Honra, ao Sr. Dr. António Duarte Arnaut. Conhecido como poeta, romancista, jurista, mas sobretudo como ativista político e defensor da liberdade e das causas sociais e humanitárias, é sobre ele que recai o mérito da criação e implementação do Serviço Nacional de Saúde, aquando da sua função de Ministro dos Assuntos Sociais do IIº Governo Constitucional. Foi co-fundador do Partido Socialista, e, após a Revolução dos Cravos, foi Presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Penela, deputado à Assembleia Constituinte, deputado à Assembleia da República, Vice-Presidente da Assembleia da República e Ministro dos Assuntos Sociais. Foi, ainda, membro do Conselho Superior da Magistratura, Presidente do Conselho Distrital de Coimbra da Ordem dos Advogados, Grão Mestre do Grande Oriente Lusitano-Maçonaria Portuguesa, e agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade e com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade. António Duarte Arnaut faleceu no passado mês de Maio, aos 82 anos, pelo que a Medalha de Honra será concedida a título póstumo, pelos 40 anos da criação do SNS e pela luta por um Portugal Democrático e Livre.                                 

A 2.ª Medalha de Honra foi atribuída, a título póstumo, ao figueiroense Dr. Manuel Simões Barreiros, que se notabilizou pelas suas ações e obras em benefício do concelho. Ficou conhecido como figura política ao exercer funções de Presidente da Comissão Municipal de Iniciativa e Turismo de Figueiró dos Vinhos, de membro da Comissão Administrativa da Câmara Municipal, de Presidente da Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos e de Procurador à Câmara Corporativa, como representante dos municípios rurais de Entre-Tejo e Douro. Lê-se na “Proposta de Deliberação à Atribuição da Medalha de Honra” que “o concelho de Figueiró dos Vinhos e as suas populações beneficiaram largamente da sua ação transformadora, da sua visão e da sua capacidade de realização, tendo contribuído de forma decisiva para o progresso, projeção e bom nome do concelho, bem como para o bem-estar das suas populações”, tornando Figueiró dos Vinhos “numa terra moderna e numa estância de turismo”. “O seu nome ficou ligado a obras emblemáticas de Figueiró: a reconstrução em dois momentos do Edifício dos Paços do Concelho; a construção da Avenida Padre Diogo de Vasconcelos (Ramal); o Jardim e Parque Municipal; a antiga Praça do Peixe; a cobertura do tanque das Freiras; a Casa dos Magistrados; a Casa do Povo; a construção e reparação de escolas primárias; a criação de postos escolares; a construção de estradas municipais que ligaram a sede do concelho às sedes de freguesias e a diversos lugares; a promoção do abastecimento domiciliário de água à Vila de Figueiró; a construção de fontes em diversos locais do concelho; a construção de pontes (Arega, Campelo, Ribeira Velha, Campelinho, Fontão Fundeiro, Aldeia Fundeira, Bairrão, Telhada e Lavandeira); a promoção e captação de fundos públicos para a beneficiação da Igreja Matriz, Convento do Carmo, Igreja de Campelo, Igreja de Arega e Capela do Cabeço do Peão; a fomentação e instalação de diversos serviços públicos e implementação e organização de diversas coletividades e instituições do concelho como os Bombeiros Voluntários, a Filarmónica e a Casa do Povo.”                                                                                                                                      

Duas Medalhas de Honra, dois Cidadãos Honorários do Município de Figueiró dos Vinhos, reconhecidos e distinguidos pelos figueiroenses, por contribuírem valorosamente para o bem-estar, projeção e desenvolvimento do concelho e das suas populações.

 

Edifício associado à estadia do pintor José Malhoa em Figueiró dos Vinhos e onde faleceu em 26 de Outubro de 1933.
Atraído pelo convite do seu antigo mestre José Simões de Almeida Júnior (tio), José Vital Malhoa chegou Figueiró dos Vinhos por volta de 1883 e encantou-se pelos horizontes longínquos, as serranias, a cor dos campos e costumes, descobriu modelos para as suas pinturas e motivos para o seu projeto artístico. Aqui mandou construir esta casa, cuja planta é composta por dois corpos retangulares articulados em “T”. O corpo mais baixo, originalmente de um só piso corresponde à pequena casa térrea inicial que Malhoa ali mandou construir, possivelmente no ano de 1895.
Mais tarde, em 1898, sob traçado de Luiz Ernesto Reynaud, foi acrescentado um novo corpo, transformando-a numa verdadeira casa, onde a primitiva pequena casa é transformada no atelier de trabalho do Pintor, recebendo uma grande claraboia de ferro e vidro sobre a cobertura, há muito já desaparecida Destaca-se, no seu interior, a pequena sala de jantar aberta para a varanda alpendrada, onde as paredes são revestidas a pergamóide, imitando couro lavrado e as duas sobre-portas exibem frisos floridos em tela pintada a óleo, originais do pintor António Ramalho Júnior. A mesa de jantar e possivelmente o candeeiro da sala serão ainda peças sobreviventes do tempo do Pintor. O teto, em madeira, apresenta uns pequenos nichos que teriam pequenas obras de pintores amigos de Malhoa, entretanto desaparecidas.
Após a reabilitação de 1985, os nichos foram preenchidos com novas obras, produzidas e oferecidas por professores e alunos da Escola de Belas Artes de Lisboa. No jardim existe ainda o antigo caramanchão e um banco, ambos em ferro e contemporâneos do Pintor, e um lago ao gosto da época.

 

 

“O Casulo” de Malhoa é também o ponto de partida do percurso “Uma Volta à Vila, à Volta dos Quatro Artistas”.

Aqui poderá visitar uma exposição*, enriquecida com alguns objetos pessoais deste artista, que lhe permite ficar a saber mais sobre a casa e que revisita a vinda para Figueiró dos Vinhos de José Malhoa (1855-1933) e Henrique Pinto (1853-1912), dois pintores do Grupo do Leão, aqui trazidos a convite do Mestre e amigo José Simões d´Almeida Júnior (1844-1926), nascido em Figueiró, tal com o seu sobrinho José Simões d´Almeida (sobrinho) (1880-1950).

Ver o Casulo por fora é observar o resultado de sucessivas alterações que este sofreu na sua adaptação a residência privada após a venda em 1937.

O Busto de José Malhoa, do escultor caldense António Duarte (1912-1998), localizado já fora dos muros do Casulo, é também digno de nota. Originalmente colocado no Jardim Parque em 1956, foi trazido para a sua atual localização três décadas depois.

Solicite a visita no Museu e Centro de Artes.

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