CASULO DE MALHOA

 

Figueiró dos Vinhos tem um dos 10 mais belos trilhos de Portugal

junho 26, 2018

Dez trilhos nacionais foram selecionados pela Revista Visão incitando os leitores a descobrir os mais belos bosques, matas e florestas de Portugal Continental. O Especial da Edição Verde da Visão de 31 de maio, contemplou, de entre os escolhidos, a Zona do Pinhal Interior com o Caminho do Xisto do Casal de S. Simão e a respetiva descida às Fragas, no concelho de Figueiró dos Vinhos. Um motivo de orgulho para todos os figueiroenses e razão para que mais portugueses possam desfrutar da riqueza natural daquele concelho.

No ano passado, este percurso foi parcialmente afetado pelo incêndio de junho. Toda a mancha de vegetação autóctone resistiu às chamas e mantém todo o seu esplendor sendo o elemento natural de maior valor paisagístico da região.

As intervenções já concluídas, executadas e pensadas na ótica do utilizador, seguem as normas de marcação e homologação de percursos pedestres da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, estando em perfeitas condições de segurança para que se possa desfrutar plenamente de toda a sua envolvência natural.A recuperação do Caminho do Xisto do Casal de S. Simão, tornou-se, então, uma prioridade, uma vez que a deterioração da sinalética e das infraestruturas ao longo do trajeto colocava em risco a segurança de quem pretendia percorrê-lo. Deste modo, a reabilitação deste percurso consistiu na substituição do Painel Informativo da Aldeia do Casal de S. Simão e na instalação de um novo na Praia Fluvial das Fragas de S. Simão; na substituição de placas direcionais; na pintura de marcas (marcação técnica degradada); na recuperação e instalação de estruturas de segurança como passagens/passadiços e corrimões, bem como na remoção de arbustos/madeira queimada e outros trabalhos de limpeza.

Edifício associado à estadia do pintor José Malhoa em Figueiró dos Vinhos e onde faleceu em 26 de Outubro de 1933.
Atraído pelo convite do seu antigo mestre José Simões de Almeida Júnior (tio), José Vital Malhoa chegou Figueiró dos Vinhos por volta de 1883 e encantou-se pelos horizontes longínquos, as serranias, a cor dos campos e costumes, descobriu modelos para as suas pinturas e motivos para o seu projeto artístico. Aqui mandou construir esta casa, cuja planta é composta por dois corpos retangulares articulados em “T”. O corpo mais baixo, originalmente de um só piso corresponde à pequena casa térrea inicial que Malhoa ali mandou construir, possivelmente no ano de 1895.
Mais tarde, em 1898, sob traçado de Luiz Ernesto Reynaud, foi acrescentado um novo corpo, transformando-a numa verdadeira casa, onde a primitiva pequena casa é transformada no atelier de trabalho do Pintor, recebendo uma grande claraboia de ferro e vidro sobre a cobertura, há muito já desaparecida Destaca-se, no seu interior, a pequena sala de jantar aberta para a varanda alpendrada, onde as paredes são revestidas a pergamóide, imitando couro lavrado e as duas sobre-portas exibem frisos floridos em tela pintada a óleo, originais do pintor António Ramalho Júnior. A mesa de jantar e possivelmente o candeeiro da sala serão ainda peças sobreviventes do tempo do Pintor. O teto, em madeira, apresenta uns pequenos nichos que teriam pequenas obras de pintores amigos de Malhoa, entretanto desaparecidas.
Após a reabilitação de 1985, os nichos foram preenchidos com novas obras, produzidas e oferecidas por professores e alunos da Escola de Belas Artes de Lisboa. No jardim existe ainda o antigo caramanchão e um banco, ambos em ferro e contemporâneos do Pintor, e um lago ao gosto da época.

 

 

“O Casulo” de Malhoa é também o ponto de partida do percurso “Uma Volta à Vila, à Volta dos Quatro Artistas”.

Aqui poderá visitar uma exposição*, enriquecida com alguns objetos pessoais deste artista, que lhe permite ficar a saber mais sobre a casa e que revisita a vinda para Figueiró dos Vinhos de José Malhoa (1855-1933) e Henrique Pinto (1853-1912), dois pintores do Grupo do Leão, aqui trazidos a convite do Mestre e amigo José Simões d´Almeida Júnior (1844-1926), nascido em Figueiró, tal com o seu sobrinho José Simões d´Almeida (sobrinho) (1880-1950).

Ver o Casulo por fora é observar o resultado de sucessivas alterações que este sofreu na sua adaptação a residência privada após a venda em 1937.

O Busto de José Malhoa, do escultor caldense António Duarte (1912-1998), localizado já fora dos muros do Casulo, é também digno de nota. Originalmente colocado no Jardim Parque em 1956, foi trazido para a sua atual localização três décadas depois.

Solicite a visita no Museu e Centro de Artes.

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