CASULO DE MALHOA

 

Novo Banco cede "Cuidados de Amor" de Malhoa a Figueiró dos Vinhos

junho 26, 2018

A pintura “Cuidados de Amor” de José Malhoa da Coleção de Pintura do Novo Banco foi cedida, hoje, dia do Concelho, ao Museu e Centro de Artes de Figueiró dos Vinhos.

O protocolo entre o Novo Banco e o Município de Figueiró dos Vinhos, tutelar do referido Museu, foi assinado durante a Sessão Solene da Assembleia Municipal na Casa da Cultura que se iniciou pelas 18 horas, seguindo-se a apresentação da peça no Museu e Centro de Artes, e contou com a presença do Administrador CA Executivo, Dr. Vitor Fernandes, da Dr.ª Celeste Amaro, Diretora Regional da Cultura do Centro, e do Presidente Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos, Jorge Abreu.

A parceria estabelecida entre as duas instituições permite a disponibilização da obra a título permanente no Museu figueiroense e é uma iniciativa que faz parte do projeto Novo Banco Cultura criado com o intuito de “disponibilizar ao público o património cultural e artístico do Novo Banco, através de parcerias com entidades públicas e privadas, como Universidades e Museus, de âmbito nacional e regional.”

A pintura Cuidados de Amor, datada de 1905 esteve exposta apenas duas vezes ao longo do século XX, a primeira em 1906, no Rio de Janeiro, na Exposição individual de Malhoa no Real Gabinete Português de Leitura, e a segunda em 1983 em Lisboa, na Retrospetiva sobre a obra do pintor realizada por ocasião do cinquentenário da sua morte.

José Malhoa, nome de relevo e referência nacional, viveu grande parte da sua vida em Figueiró dos Vinhos, terra que serviu de inspiração a muitos dos seus quadros, sendo por isso uma das personalidades das artes responsáveis por projetar este concelho no mapa português. A cedência de “Cuidados de Amor” é, por isso, motivo de regozijo para os figueiroenses e de enriquecimento do concelho, e pode ser vista por todos a partir de hoje, no Museu e Centro de Artes de Figueiró dos Vinhos.

Edifício associado à estadia do pintor José Malhoa em Figueiró dos Vinhos e onde faleceu em 26 de Outubro de 1933.
Atraído pelo convite do seu antigo mestre José Simões de Almeida Júnior (tio), José Vital Malhoa chegou Figueiró dos Vinhos por volta de 1883 e encantou-se pelos horizontes longínquos, as serranias, a cor dos campos e costumes, descobriu modelos para as suas pinturas e motivos para o seu projeto artístico. Aqui mandou construir esta casa, cuja planta é composta por dois corpos retangulares articulados em “T”. O corpo mais baixo, originalmente de um só piso corresponde à pequena casa térrea inicial que Malhoa ali mandou construir, possivelmente no ano de 1895.
Mais tarde, em 1898, sob traçado de Luiz Ernesto Reynaud, foi acrescentado um novo corpo, transformando-a numa verdadeira casa, onde a primitiva pequena casa é transformada no atelier de trabalho do Pintor, recebendo uma grande claraboia de ferro e vidro sobre a cobertura, há muito já desaparecida Destaca-se, no seu interior, a pequena sala de jantar aberta para a varanda alpendrada, onde as paredes são revestidas a pergamóide, imitando couro lavrado e as duas sobre-portas exibem frisos floridos em tela pintada a óleo, originais do pintor António Ramalho Júnior. A mesa de jantar e possivelmente o candeeiro da sala serão ainda peças sobreviventes do tempo do Pintor. O teto, em madeira, apresenta uns pequenos nichos que teriam pequenas obras de pintores amigos de Malhoa, entretanto desaparecidas.
Após a reabilitação de 1985, os nichos foram preenchidos com novas obras, produzidas e oferecidas por professores e alunos da Escola de Belas Artes de Lisboa. No jardim existe ainda o antigo caramanchão e um banco, ambos em ferro e contemporâneos do Pintor, e um lago ao gosto da época.

 

 

“O Casulo” de Malhoa é também o ponto de partida do percurso “Uma Volta à Vila, à Volta dos Quatro Artistas”.

Aqui poderá visitar uma exposição*, enriquecida com alguns objetos pessoais deste artista, que lhe permite ficar a saber mais sobre a casa e que revisita a vinda para Figueiró dos Vinhos de José Malhoa (1855-1933) e Henrique Pinto (1853-1912), dois pintores do Grupo do Leão, aqui trazidos a convite do Mestre e amigo José Simões d´Almeida Júnior (1844-1926), nascido em Figueiró, tal com o seu sobrinho José Simões d´Almeida (sobrinho) (1880-1950).

Ver o Casulo por fora é observar o resultado de sucessivas alterações que este sofreu na sua adaptação a residência privada após a venda em 1937.

O Busto de José Malhoa, do escultor caldense António Duarte (1912-1998), localizado já fora dos muros do Casulo, é também digno de nota. Originalmente colocado no Jardim Parque em 1956, foi trazido para a sua atual localização três décadas depois.

Solicite a visita no Museu e Centro de Artes.

Newsletter

Agenda Cultural pensada para si, com eventos para todas as idades!
Receba, gratuitamente, a programação do mês e cancele quando quiser.

         app banner 2

Damos valor à sua privacidade

Utilizamos cookies no nosso website para lhe proporcionar uma experiência mais relevante, recordando as suas preferências e as suas visitas repetidas. Ao clicar em "Aceitar", consente a utilização de TODOS os cookies. No entanto, pode visitar as "Definições de Cookie" no seu browser e permitir consentimento mais ajustado.

Politica de Privacidade




revista