CASULO DE MALHOA

 

“PORTUGAL ROWING TOUR” vai passar por Figueiró dos Vinhos

julho 24, 2019

O evento de remo de lazer, que se realiza todos os anos, desde 2008, vai passar em território figueiroense. Na edição deste ano, que decorrerá entre 15 a 18 de agosto, 60 remadores de oito países da Europa vão percorrer cerca de 70 quilómetros do Rio Zêzere, localizados nos concelhos de Tomar, Ferreira do Zêzere, Sertã, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande.

O Portugal Rowing Tour, organizado pelo Ginásio Clube Figueirense com o apoio do Turismo Centro de Portugal, atrai a Portugal remadores de várias nacionalidades, que se fazem acompanhar por amigos e familiares, e que durante a sua estada aliam a prática do remo ao convívio e à descoberta do património natural, cultural e gastronómico da região onde os circuitos acontecem.

Deste modo, o circuito de 2019 do Portugal Rowing Tour é constituído por cinco etapas, em que os remadores, oriundos de Inglaterra, Irlanda, França, Bélgica, Holanda, Suécia, Luxemburgo e Alemanha, descobrirão os locais mais emblemáticos do Rio Zêzere, como as albufeiras das barragens de Castelo do Bode e Cabril e a aldeia de Dornes, enquanto os seus acompanhantes terão a possibilidade de descobrir alguns dos encantos da região através de visitas guiadas a Tomar, Dornes e Figueiró dos Vinhos.

O evento, que segue um modelo com grande expansão na Europa, onde existem mais de dois milhões de praticantes de remo de lazer, foi apresentado no dia 23 de julho, em conferência de imprensa realizada no Convento da Sertã Hotel, na Sertã, e contou com intervenções de Pedro Machado (presidente do Turismo Centro de Portugal), Joaquim de Sousa (presidente da Assembleia Geral do Ginásio Clube Figueirense), Ana Rolo (presidente da direção do Ginásio Clube Figueirense), Cláudia André (vereadora da Câmara Municipal da Sertã) e Jorge Abreu (presidente da Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos).

Na ocasião, todos os intervenientes manifestaram a importância de eventos como este, cuja internacionalização marca Portugal como destino turístico, beneficiando e valorizando os recursos naturais e paisagísticos nacionais, conciliando a atividade física com o turismo, a cultura, o património e a gastronomia, e permitindo o consequente desenvolvimento do território.

 

Edifício associado à estadia do pintor José Malhoa em Figueiró dos Vinhos e onde faleceu em 26 de Outubro de 1933.
Atraído pelo convite do seu antigo mestre José Simões de Almeida Júnior (tio), José Vital Malhoa chegou Figueiró dos Vinhos por volta de 1883 e encantou-se pelos horizontes longínquos, as serranias, a cor dos campos e costumes, descobriu modelos para as suas pinturas e motivos para o seu projeto artístico. Aqui mandou construir esta casa, cuja planta é composta por dois corpos retangulares articulados em “T”. O corpo mais baixo, originalmente de um só piso corresponde à pequena casa térrea inicial que Malhoa ali mandou construir, possivelmente no ano de 1895.
Mais tarde, em 1898, sob traçado de Luiz Ernesto Reynaud, foi acrescentado um novo corpo, transformando-a numa verdadeira casa, onde a primitiva pequena casa é transformada no atelier de trabalho do Pintor, recebendo uma grande claraboia de ferro e vidro sobre a cobertura, há muito já desaparecida Destaca-se, no seu interior, a pequena sala de jantar aberta para a varanda alpendrada, onde as paredes são revestidas a pergamóide, imitando couro lavrado e as duas sobre-portas exibem frisos floridos em tela pintada a óleo, originais do pintor António Ramalho Júnior. A mesa de jantar e possivelmente o candeeiro da sala serão ainda peças sobreviventes do tempo do Pintor. O teto, em madeira, apresenta uns pequenos nichos que teriam pequenas obras de pintores amigos de Malhoa, entretanto desaparecidas.
Após a reabilitação de 1985, os nichos foram preenchidos com novas obras, produzidas e oferecidas por professores e alunos da Escola de Belas Artes de Lisboa. No jardim existe ainda o antigo caramanchão e um banco, ambos em ferro e contemporâneos do Pintor, e um lago ao gosto da época.

 

 

“O Casulo” de Malhoa é também o ponto de partida do percurso “Uma Volta à Vila, à Volta dos Quatro Artistas”.

Aqui poderá visitar uma exposição*, enriquecida com alguns objetos pessoais deste artista, que lhe permite ficar a saber mais sobre a casa e que revisita a vinda para Figueiró dos Vinhos de José Malhoa (1855-1933) e Henrique Pinto (1853-1912), dois pintores do Grupo do Leão, aqui trazidos a convite do Mestre e amigo José Simões d´Almeida Júnior (1844-1926), nascido em Figueiró, tal com o seu sobrinho José Simões d´Almeida (sobrinho) (1880-1950).

Ver o Casulo por fora é observar o resultado de sucessivas alterações que este sofreu na sua adaptação a residência privada após a venda em 1937.

O Busto de José Malhoa, do escultor caldense António Duarte (1912-1998), localizado já fora dos muros do Casulo, é também digno de nota. Originalmente colocado no Jardim Parque em 1956, foi trazido para a sua atual localização três décadas depois.

Solicite a visita no Museu e Centro de Artes.

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