CASULO DE MALHOA

 

FLII – Palavras de Fogo 2020: “A arte e a cultura como reanimadores de uma região e de um povo”

setembro 30, 2020

cartaz Flyer FINALFlii 2020 72 Prancheta 1O Festival Literário Internacional do Interior (FLII) – Palavras de Fogo, promovido pela Arte-Via Cooperativa em parceria com diversas instituições e municípios, incluindo Figueiró dos Vinhos, vai já no seu terceiro ano de concretização!

A edição de 2020, sob a temática “A arte e a cultura como reanimadores de uma região e de um povo”, será dedicada a duas emblemáticas e incontornáveis personalidades da cultura portuguesa: Maria de Lourdes Pintasilgo, engenheira química, ativista social, cultural e da política portuguesa, e única mulher a desempenhar o cargo de primeira-ministra em Portugal; e a Fernando Namora, médico e escritor português, com uma vasta obra literária amplamente divulgada e traduzida, sobretudo nos anos 70 e 80.

O FLII – Palavras de Fogo, que se realiza, este ano, entre os dias 8 e 12 de outubro, em 7 concelhos dos distritos de Coimbra e Leiria (Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Arganil, Miranda do Corvo, Lousã, Pedrógão Grande e Pampilhosa da Serra), assume-se como “um festival de causas”, que pretende envolver todos os agentes de desenvolvimento, de todos os municípios participantes e todos os talentos locais, em todas as atividades a realizar em simultâneo: ações de formação, concurso, palestras, ‘workshops', leituras, feiras do livro, espetáculos, multimédia, performances, instalações, exposições, para e com todos os públicos de todas as faixas etárias.

Em Figueiró dos Vinhos, haverá lugar, não só, a palestras dedicadas à vida e obra dos homenageados deste ano, bem como a possibilidade de conhecer os manuscritos dos escritores figueiroenses Alcides Martins (“Sonetos”) e Sérgio Godinho (“7 Factos”), ou mesmo assistir ao documentário “A Máscara de Cortiça” de Tiago Cerveira e deliciar-se com os encontros musicais de Mabel Cavalcanti e Zety Zety. No nosso concelho, a ambiência FLII 2020 prolongar-se-á um pouco mais com a exibição das exposições de homenagem a Maria de Lurdes Pintasilgo e Fernando Namora, a acontecer em novembro, na Biblioteca Municipal Simões de Almeida (Tio).

O III Festival Literário do Interior será, ainda, palco do lançamento do livro vencedor da 1.ª edição do Prémio Literário FLII - Palavras de Fogo, patrocinado pela Direção Regional de Cultura do Centro.

Razões imensas para assistir e participar naquele que é o festival de homenagem ao Interior e à cultura portuguesa, este ano, com todo o respeito pelas normas de higiene e segurança preconizadas pelas autoridades de saúde, nomeadamente, uso obrigatório de máscara em espaços fechados, desinfeção das mãos e distância de segurança, tudo para que todos possam usufruir plenamente de mais um FLII – Palavras de Fogo.

 

«Ouviremos o protesto donde quer que venha, e no coro das aspirações dissonantes e por vezes antagónicas prestaremos atenção
ao silêncio dos que na sociedade permanecem sem voz. A luta que travamos é contra o tempo – empurrá-lo, como diz o poeta,
ao encontro das cidades futuras, para que se desenhem caminhos novos para que se não percorram desnecessariamente as vias
do desencanto alheio.
O lugar onde travamos a luta é aqui e longe.
São os nossos problemas reais, concretos do povo que somos, mas são também os problemas do mundo de longe.
Porque todo o problema é hoje universal e planetário (…) há que aceitar compartilhar o destino da Humanidade inteira.»
Maria de Lourdes Pintasilgo

 


“ O difícil é amar os outros sem lhes recear os ódios ou lhes exigir recompensas”
“ O passado é a âncora, o futuro o leme. Sem eles o presente não tem margens”
Fernando Namora

 

 

  FLII - Palavras de Fogo 2020 - Programa Completo
  FLII - Palavras de Fogo 2020 - Programa Figueiró dos Vinhos

Edifício associado à estadia do pintor José Malhoa em Figueiró dos Vinhos e onde faleceu em 26 de Outubro de 1933.
Atraído pelo convite do seu antigo mestre José Simões de Almeida Júnior (tio), José Vital Malhoa chegou Figueiró dos Vinhos por volta de 1883 e encantou-se pelos horizontes longínquos, as serranias, a cor dos campos e costumes, descobriu modelos para as suas pinturas e motivos para o seu projeto artístico. Aqui mandou construir esta casa, cuja planta é composta por dois corpos retangulares articulados em “T”. O corpo mais baixo, originalmente de um só piso corresponde à pequena casa térrea inicial que Malhoa ali mandou construir, possivelmente no ano de 1895.
Mais tarde, em 1898, sob traçado de Luiz Ernesto Reynaud, foi acrescentado um novo corpo, transformando-a numa verdadeira casa, onde a primitiva pequena casa é transformada no atelier de trabalho do Pintor, recebendo uma grande claraboia de ferro e vidro sobre a cobertura, há muito já desaparecida Destaca-se, no seu interior, a pequena sala de jantar aberta para a varanda alpendrada, onde as paredes são revestidas a pergamóide, imitando couro lavrado e as duas sobre-portas exibem frisos floridos em tela pintada a óleo, originais do pintor António Ramalho Júnior. A mesa de jantar e possivelmente o candeeiro da sala serão ainda peças sobreviventes do tempo do Pintor. O teto, em madeira, apresenta uns pequenos nichos que teriam pequenas obras de pintores amigos de Malhoa, entretanto desaparecidas.
Após a reabilitação de 1985, os nichos foram preenchidos com novas obras, produzidas e oferecidas por professores e alunos da Escola de Belas Artes de Lisboa. No jardim existe ainda o antigo caramanchão e um banco, ambos em ferro e contemporâneos do Pintor, e um lago ao gosto da época.

 

 

“O Casulo” de Malhoa é também o ponto de partida do percurso “Uma Volta à Vila, à Volta dos Quatro Artistas”.

Aqui poderá visitar uma exposição*, enriquecida com alguns objetos pessoais deste artista, que lhe permite ficar a saber mais sobre a casa e que revisita a vinda para Figueiró dos Vinhos de José Malhoa (1855-1933) e Henrique Pinto (1853-1912), dois pintores do Grupo do Leão, aqui trazidos a convite do Mestre e amigo José Simões d´Almeida Júnior (1844-1926), nascido em Figueiró, tal com o seu sobrinho José Simões d´Almeida (sobrinho) (1880-1950).

Ver o Casulo por fora é observar o resultado de sucessivas alterações que este sofreu na sua adaptação a residência privada após a venda em 1937.

O Busto de José Malhoa, do escultor caldense António Duarte (1912-1998), localizado já fora dos muros do Casulo, é também digno de nota. Originalmente colocado no Jardim Parque em 1956, foi trazido para a sua atual localização três décadas depois.

Solicite a visita no Museu e Centro de Artes.

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