CASULO DE MALHOA

 

Figueiró dos Vinhos: Reconversão do Posto Aquícola de Campelo em execução

outubro 02, 2020

No âmbito da candidatura “CRER - Adaptação do Posto Aquícola de Campelo para Criação Experimental de Trutas Assilvestradas”, integrado no ALJIA- Plano de Gestão Integrada da Ribeira de Alge, aprovada pelo PORTUGAL2020 / MAR2020, já foi dado início às ações previstas neste projeto, cujo principal objetivo é a adaptação daquele espaço com uma história e passado relevantes e com elevado potencial para a promoção do desenvolvimento e para a produção, gestão e conservação de trutas, com vista ao posterior repovoamento sustentável dos cursos de água da região.

Assim, após a aprovação da candidatura e os procedimentos administrativos inerentes, estão em execução os trabalhos e estudos científicos que sustentam o projeto, a cargo da Universidade de Évora e do MARE-Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, cujos investigadores especializados têm desenvolvido, entre outros, os trabalhos de monitorização do estado atual das populações de truta-de-rio e do respetivo habitat, ao longo da ribeira de Alge.  Mais especificamente, o trabalho técnico-científico, realizado até ao momento, tem-se baseado na realização de amostragens de trutas, com recurso a pesca elétrica, em 15 estações situadas entre a povoação de Alge, a confluência da ribeira com a albufeira de Castelo de Bode, na avaliação do habitat e de eventuais condicionantes à sobrevivência das trutas nesta área. Ao mesmo tempo, pretende-se avaliar o comportamento destes animais na ribeira de Alge, através da marcação de trutas com radiotransmissores que permitem a sua localização ao longo na ribeira.

Após a aprovação do projeto de reabilitação do Posto Aquícola de Campelo pelas entidades competentes, realização do Procedimento de Contratação e cumprimento de demais procedimentos administrativos, os trabalhos iniciaram-se no mês de outubro, tendo um prazo de execução de 300 dias. Prevê-se uma intervenção de fundo nas infraestruturas do Posto Aquícola de Campelo e a instalação de equipamento específico, com vista à sua adaptação e modernização para a criação de trutas assilvestradas.

O Posto Aquícola de Campelo será também um espaço de visitação para estudantes, visitantes, turistas e comunidade científica em geral uma vez que terá uma componente pedagógica e de divulgação ambiental.

A operação foi aprovada pelo MAR2020 no âmbito do Anúncio de Abertura n.º 15/2017 - Apoio ao Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura nos Domínios da Inovação e dos Investimentos Produtivos – (Portaria 50/2016 de 23 de março) com um investimento total de 1.081.747,73 euros e de um apoio financeiro de 811.310,81 euros (75%).

 

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Edifício associado à estadia do pintor José Malhoa em Figueiró dos Vinhos e onde faleceu em 26 de Outubro de 1933.
Atraído pelo convite do seu antigo mestre José Simões de Almeida Júnior (tio), José Vital Malhoa chegou Figueiró dos Vinhos por volta de 1883 e encantou-se pelos horizontes longínquos, as serranias, a cor dos campos e costumes, descobriu modelos para as suas pinturas e motivos para o seu projeto artístico. Aqui mandou construir esta casa, cuja planta é composta por dois corpos retangulares articulados em “T”. O corpo mais baixo, originalmente de um só piso corresponde à pequena casa térrea inicial que Malhoa ali mandou construir, possivelmente no ano de 1895.
Mais tarde, em 1898, sob traçado de Luiz Ernesto Reynaud, foi acrescentado um novo corpo, transformando-a numa verdadeira casa, onde a primitiva pequena casa é transformada no atelier de trabalho do Pintor, recebendo uma grande claraboia de ferro e vidro sobre a cobertura, há muito já desaparecida Destaca-se, no seu interior, a pequena sala de jantar aberta para a varanda alpendrada, onde as paredes são revestidas a pergamóide, imitando couro lavrado e as duas sobre-portas exibem frisos floridos em tela pintada a óleo, originais do pintor António Ramalho Júnior. A mesa de jantar e possivelmente o candeeiro da sala serão ainda peças sobreviventes do tempo do Pintor. O teto, em madeira, apresenta uns pequenos nichos que teriam pequenas obras de pintores amigos de Malhoa, entretanto desaparecidas.
Após a reabilitação de 1985, os nichos foram preenchidos com novas obras, produzidas e oferecidas por professores e alunos da Escola de Belas Artes de Lisboa. No jardim existe ainda o antigo caramanchão e um banco, ambos em ferro e contemporâneos do Pintor, e um lago ao gosto da época.

 

 

“O Casulo” de Malhoa é também o ponto de partida do percurso “Uma Volta à Vila, à Volta dos Quatro Artistas”.

Aqui poderá visitar uma exposição*, enriquecida com alguns objetos pessoais deste artista, que lhe permite ficar a saber mais sobre a casa e que revisita a vinda para Figueiró dos Vinhos de José Malhoa (1855-1933) e Henrique Pinto (1853-1912), dois pintores do Grupo do Leão, aqui trazidos a convite do Mestre e amigo José Simões d´Almeida Júnior (1844-1926), nascido em Figueiró, tal com o seu sobrinho José Simões d´Almeida (sobrinho) (1880-1950).

Ver o Casulo por fora é observar o resultado de sucessivas alterações que este sofreu na sua adaptação a residência privada após a venda em 1937.

O Busto de José Malhoa, do escultor caldense António Duarte (1912-1998), localizado já fora dos muros do Casulo, é também digno de nota. Originalmente colocado no Jardim Parque em 1956, foi trazido para a sua atual localização três décadas depois.

Solicite a visita no Museu e Centro de Artes.

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