CASULO DE MALHOA

 

Aprovada a Proposta de Orçamento e as Grandes Opções do Plano para 2021

novembro 27, 2020

A Câmara Municipal aprovou por maioria, na reunião de hoje, a Proposta de Orçamento e as Grandes Opções do Plano para o Ano de 2021.

A proposta de orçamento, a vigorar no próximo ano, atinge o valor de 12.541.359 €, dos quais 4 915 750 € se refere a investimento nas diversas áreas de necessidade e interesse para o desenvolvimento económico e reforço da atratividade do concelho.

Ao nível turístico-económico salienta-se o início da segunda fase do Projeto “Fragas de São Simão” que contempla a implementação de um passadiço e miradouro na zona da Ermida de S. Simão; a reconversão do Posto Aquícola de Campelo; e a Reabilitação do Mercado Municipal de Figueiró dos Vinhos, cuja intervenção ocorrerá em duas fases: a primeira, já iniciada em outubro com um valor de investimento de 91.912,60 €; e a segunda, resultado da aprovação de uma segunda Candidatura denominada "Mercado Municipal de Figueiró dos Vinhos – Atrair”, no valor de 22.755,31 €.

No setor da Reabilitação Urbana frisa-se a execução de obras como a “Beneficiação de Percurso – Rua Major Neutel de Abreu”, iniciada este mês; a reabilitação do “Percurso na Avenida Heróis do Ultramar e Dr. Fernando Lacerda”, e a “Beneficiação de percursos pedonais – Melhoria de Acessibilidades” que totalizarão um investimento de 1.264.068,42 €. Destaca-se, ainda, os projetos já aprovados “Estratégia local de habitação de Figueiró dos Vinhos” e “Renovação de aldeias – algia”; e a aguardar aprovação a Candidatura, "Renovação de aldeias - Foz de Alge - Arega- Figueiró dos Vinhos”. Existirá, ainda, um investimento em equipamentos públicos através da Candidatura “Centro Municipal de Proteção Civil - Figueiró dos Vinhos”, que se encontra em fase de aprovação.

Na área da Cultura e Património reforçar-se-á a dinamização de eventos culturais assentes em Candidaturas intermunicipais a fundos comunitários já aprovadas, como a “Região de Leira- Rede Cultural”, ou a aguardar aprovação, como os projetos no âmbito da “Programação Cultural em Rede” e a candidatura ao EEA GRANTS.

Na Educação dar-se-á continuidade às medidas municipais em vigor ao nível da ação social escolar (encargos das AEC’s e CAF; oferta de manuais escolares/cadernos de atividades; gratuitidade dos transportes escolares no ensino secundário) e prosseguir-se-á, similarmente, à 2.ª Fase do Programa de Ação do PIICIE - Plano Inovador de Combate ao Insucesso Escolar da Região de Leiria (CIMRL).

Paralelamente, ainda no âmbito da Ação Social, implementar-se-á um reforço muito significativo dos apoios sociais aos mais idosos, que se materializarão através da alteração ao Regulamento do Cartão Sénior +, bem como pela implementação do Regulamento Municipal de Apoios Sociais às Famílias, que contemplará incentivos à natalidade, apoios na saúde, arrendamento urbano, entre outros.

O orçamento aprovado, mantém ao nível fiscal, a isenção total do imposto de derrama municipal para todas as empresas que se encontram sediadas no concelho, e fixa a taxa de IRS nos 4 %, o que significará uma devolução aos Figueiroenses, de 20% da taxa de participação variável do IRS. O IMI Familiar volta a descer, em 2021, para o valor de 0.30, traduzindo-se na dedução de 20 €, 40 € e 70 € sobre o montante do IMI a pagar pelos agregados familiares com, respetivamente, 1, 2 e 3 ou mais dependentes a cargo. A redução deste imposto atinge, assim, o valor mais baixo de sempre e a taxa mínima legalmente permitida, refletindo uma redução superior a 25 % face aos valores de 2014.

Edifício associado à estadia do pintor José Malhoa em Figueiró dos Vinhos e onde faleceu em 26 de Outubro de 1933.
Atraído pelo convite do seu antigo mestre José Simões de Almeida Júnior (tio), José Vital Malhoa chegou Figueiró dos Vinhos por volta de 1883 e encantou-se pelos horizontes longínquos, as serranias, a cor dos campos e costumes, descobriu modelos para as suas pinturas e motivos para o seu projeto artístico. Aqui mandou construir esta casa, cuja planta é composta por dois corpos retangulares articulados em “T”. O corpo mais baixo, originalmente de um só piso corresponde à pequena casa térrea inicial que Malhoa ali mandou construir, possivelmente no ano de 1895.
Mais tarde, em 1898, sob traçado de Luiz Ernesto Reynaud, foi acrescentado um novo corpo, transformando-a numa verdadeira casa, onde a primitiva pequena casa é transformada no atelier de trabalho do Pintor, recebendo uma grande claraboia de ferro e vidro sobre a cobertura, há muito já desaparecida Destaca-se, no seu interior, a pequena sala de jantar aberta para a varanda alpendrada, onde as paredes são revestidas a pergamóide, imitando couro lavrado e as duas sobre-portas exibem frisos floridos em tela pintada a óleo, originais do pintor António Ramalho Júnior. A mesa de jantar e possivelmente o candeeiro da sala serão ainda peças sobreviventes do tempo do Pintor. O teto, em madeira, apresenta uns pequenos nichos que teriam pequenas obras de pintores amigos de Malhoa, entretanto desaparecidas.
Após a reabilitação de 1985, os nichos foram preenchidos com novas obras, produzidas e oferecidas por professores e alunos da Escola de Belas Artes de Lisboa. No jardim existe ainda o antigo caramanchão e um banco, ambos em ferro e contemporâneos do Pintor, e um lago ao gosto da época.

 

 

“O Casulo” de Malhoa é também o ponto de partida do percurso “Uma Volta à Vila, à Volta dos Quatro Artistas”.

Aqui poderá visitar uma exposição*, enriquecida com alguns objetos pessoais deste artista, que lhe permite ficar a saber mais sobre a casa e que revisita a vinda para Figueiró dos Vinhos de José Malhoa (1855-1933) e Henrique Pinto (1853-1912), dois pintores do Grupo do Leão, aqui trazidos a convite do Mestre e amigo José Simões d´Almeida Júnior (1844-1926), nascido em Figueiró, tal com o seu sobrinho José Simões d´Almeida (sobrinho) (1880-1950).

Ver o Casulo por fora é observar o resultado de sucessivas alterações que este sofreu na sua adaptação a residência privada após a venda em 1937.

O Busto de José Malhoa, do escultor caldense António Duarte (1912-1998), localizado já fora dos muros do Casulo, é também digno de nota. Originalmente colocado no Jardim Parque em 1956, foi trazido para a sua atual localização três décadas depois.

Solicite a visita no Museu e Centro de Artes.

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