CASULO DE MALHOA

 

Aprovada candidatura ao PDR2020 (LEADER) para a Reabilitação do Passadiço da Foz de Alge

janeiro 25, 2021

Consciente da necessidade de intervir no Passadiço da Foz de Alge face ao estado atual do mesmo, resultado da sua existência desde que no ano de 2005 foi implantado naquela zona turística, o Município de Figueiró dos Vinhos tem aprovada uma candidatura ao PDR2020 (LEADER) na Medida “Renovação de Aldeias” especificamente direcionada para a valorização do património e revitalização de aldeias.

Situado na Freguesia de Arega, concretamente sobre a zona fluvial onde a ribeira de Alge e o rio Zêzere confluem, o passadiço da Foz de Alge, que tem cerca de 300mts e faz parte da Grande Rota do Zêzere, importante grande rota multimodal ao longo do rio Zêzere, posteriormente criada.

Permite uma vista sobre toda a albufeira e integra-se perfeitamente na paisagem, num local de especial interesse turístico, muito procurado não só pela zona de estar da Foz de Alge (Cova da Eira), Pista de Pesca Desportiva, Clube Náutico e o Parque de Campismo, mas pelo património natural associado ao rio Zêzere e à aldeia de Foz de Alge, pertencente à Freguesia de Arega, tem ainda um conjunto de casas de traça antiga, um lavadouro recuperado e traços de ruralidade sempre muito apreciados pelos visitantes e turistas.

A intervenção prevê a reabilitação e valorização do passadiço de cerca de 300mts e que atualmente, face ao estado de degradação, carece de uma intervenção capaz de melhorar as condições de utilização, valorização do património e usufruto por residentes, visitantes e turistas, designadamente a beneficiação do pavimento e vedação em madeira, incluindo uma curta ampliação desta.

A entidade gestora do PDR2020 reconheceu o mérito da candidatura e aprovou uma comparticipação de 14.543,52 euros (80%) através do LEADER (FEADER) para um investimento total e elegível de 18.179,40 euros.

 

Edifício associado à estadia do pintor José Malhoa em Figueiró dos Vinhos e onde faleceu em 26 de Outubro de 1933.
Atraído pelo convite do seu antigo mestre José Simões de Almeida Júnior (tio), José Vital Malhoa chegou Figueiró dos Vinhos por volta de 1883 e encantou-se pelos horizontes longínquos, as serranias, a cor dos campos e costumes, descobriu modelos para as suas pinturas e motivos para o seu projeto artístico. Aqui mandou construir esta casa, cuja planta é composta por dois corpos retangulares articulados em “T”. O corpo mais baixo, originalmente de um só piso corresponde à pequena casa térrea inicial que Malhoa ali mandou construir, possivelmente no ano de 1895.
Mais tarde, em 1898, sob traçado de Luiz Ernesto Reynaud, foi acrescentado um novo corpo, transformando-a numa verdadeira casa, onde a primitiva pequena casa é transformada no atelier de trabalho do Pintor, recebendo uma grande claraboia de ferro e vidro sobre a cobertura, há muito já desaparecida Destaca-se, no seu interior, a pequena sala de jantar aberta para a varanda alpendrada, onde as paredes são revestidas a pergamóide, imitando couro lavrado e as duas sobre-portas exibem frisos floridos em tela pintada a óleo, originais do pintor António Ramalho Júnior. A mesa de jantar e possivelmente o candeeiro da sala serão ainda peças sobreviventes do tempo do Pintor. O teto, em madeira, apresenta uns pequenos nichos que teriam pequenas obras de pintores amigos de Malhoa, entretanto desaparecidas.
Após a reabilitação de 1985, os nichos foram preenchidos com novas obras, produzidas e oferecidas por professores e alunos da Escola de Belas Artes de Lisboa. No jardim existe ainda o antigo caramanchão e um banco, ambos em ferro e contemporâneos do Pintor, e um lago ao gosto da época.

 

 

“O Casulo” de Malhoa é também o ponto de partida do percurso “Uma Volta à Vila, à Volta dos Quatro Artistas”.

Aqui poderá visitar uma exposição*, enriquecida com alguns objetos pessoais deste artista, que lhe permite ficar a saber mais sobre a casa e que revisita a vinda para Figueiró dos Vinhos de José Malhoa (1855-1933) e Henrique Pinto (1853-1912), dois pintores do Grupo do Leão, aqui trazidos a convite do Mestre e amigo José Simões d´Almeida Júnior (1844-1926), nascido em Figueiró, tal com o seu sobrinho José Simões d´Almeida (sobrinho) (1880-1950).

Ver o Casulo por fora é observar o resultado de sucessivas alterações que este sofreu na sua adaptação a residência privada após a venda em 1937.

O Busto de José Malhoa, do escultor caldense António Duarte (1912-1998), localizado já fora dos muros do Casulo, é também digno de nota. Originalmente colocado no Jardim Parque em 1956, foi trazido para a sua atual localização três décadas depois.

Solicite a visita no Museu e Centro de Artes.

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