CASULO DE MALHOA

 

Dia Internacional das Florestas - Plantação de árvores autóctones nas Fragas de São Simão e no Cabeço do Peão

março 19, 2021

“As florestas são (…) centrais para enfrentar as alterações climáticas. As florestas fornecem um dos sistemas mais eficientes e rentáveis de captura e armazenamento natural de dióxido de carbono. Investir nas florestas é uma espécie de seguro para o planeta.” A mensagem, deixada em 2016, pelo Secretário-geral da ONU, no Dia Internacional das Florestas, não podia ser mais intemporal.

Hoje, celebramos este dia deixando uma mensagem de resiliência e concretização de um projeto municipal projetado a médio e longo prazo: a reflorestação da zona envolvente das Fragas de São Simão e da Mata Municipal do Cabeço do Peão, locais figueiroenses icónicos ao nível paisagístico e ambiental.

As Fragas de São Simão são um dos locais do concelho mais procurados, quer por turistas quer por figueiroenses, principalmente por permitir o encontro com a natureza no seu estado mais puro. A zona foi, por isso, recentemente intervencionada com a implementação de um projeto turístico-ambiental, que compreendeu, inicialmente, a ação em duas frentes: por um lado procedeu-se à reabilitação e requalificação dos ecossistemas ribeirinhos em toda a Ribeira de Alge, um dos elementos naturais mais marcantes e relevantes da nossa zona, com a remoção de espécies arbóreas exóticas e decrépitas, e promoção da plantação e/ou sementeira de espécies autóctones; por outro lado, levou-se a cabo a execução de um percurso pedestre que ligou 3 locais emblemáticos: Miradouro, Praia Fluvial e a Aldeia do Xisto do Casal de S. Simão. Esta última intervenção, ocorrida numa área total de 2,4 hectares, não se resume ao já tão visitado percurso, e, entre outros trabalhos, prevê a transformação do solo, até agora ocupado por eucaliptos. Assim, após a remoção desta espécie, ação que por si só reduz drasticamente o risco de incêndio, realizou-se a replantação daquela área com mais de 200 espécies autóctones: medronheiros, sobreiros e carvalhos.

A Mata Municipal do Cabeço do Peão, é outro emblemático local de lazer, cuja requalificação e reabilitação há muito se pedia. Aqui, procede-se, atualmente, à remoção de eucaliptos, mimosas (Acacia dealbata) e de pinheiros fustigados, há alguns anos, por pragas destruidoras da espécie, sendo substituídos por carvalhos, medronheiros e sobreiros e salvaguardando todos os exemplares de árvores autóctones ali existentes.

As replantações de espécies autóctones nestas duas zonas de grande relevo para o concelho, residem na crescente preocupação ambiental do município, visando sobretudo a segurança, a sustentabilidade, a recuperação e a valorização ambiental e paisagística, reduzindo grandemente o risco de incêndios e contribuindo para a preservação da natureza e da sua extensa e rica fauna e flora, numa zona conhecida pela sua vasta área florestal.

Motivos mais do que suficientes para todos celebrarmos duplamente este Dia Internacional das Florestas, comemoração festejada, também, de modo simbólico, pelo Município, no passado dia 19 de março, ao associar-se à iniciativa promovida pelo ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas) plantando, no Cabeço do Peão, um exemplar de Carvalho-robe (Quercus róbur) fornecido, para o efeito, pelo próprio ICNF.

Plantar, proteger e preservar o nosso Património Florestal, é uma missão que se estende a todos nós, e que não deve ser jamais esquecida.

SITE Notcia 3


Edifício associado à estadia do pintor José Malhoa em Figueiró dos Vinhos e onde faleceu em 26 de Outubro de 1933.
Atraído pelo convite do seu antigo mestre José Simões de Almeida Júnior (tio), José Vital Malhoa chegou Figueiró dos Vinhos por volta de 1883 e encantou-se pelos horizontes longínquos, as serranias, a cor dos campos e costumes, descobriu modelos para as suas pinturas e motivos para o seu projeto artístico. Aqui mandou construir esta casa, cuja planta é composta por dois corpos retangulares articulados em “T”. O corpo mais baixo, originalmente de um só piso corresponde à pequena casa térrea inicial que Malhoa ali mandou construir, possivelmente no ano de 1895.
Mais tarde, em 1898, sob traçado de Luiz Ernesto Reynaud, foi acrescentado um novo corpo, transformando-a numa verdadeira casa, onde a primitiva pequena casa é transformada no atelier de trabalho do Pintor, recebendo uma grande claraboia de ferro e vidro sobre a cobertura, há muito já desaparecida Destaca-se, no seu interior, a pequena sala de jantar aberta para a varanda alpendrada, onde as paredes são revestidas a pergamóide, imitando couro lavrado e as duas sobre-portas exibem frisos floridos em tela pintada a óleo, originais do pintor António Ramalho Júnior. A mesa de jantar e possivelmente o candeeiro da sala serão ainda peças sobreviventes do tempo do Pintor. O teto, em madeira, apresenta uns pequenos nichos que teriam pequenas obras de pintores amigos de Malhoa, entretanto desaparecidas.
Após a reabilitação de 1985, os nichos foram preenchidos com novas obras, produzidas e oferecidas por professores e alunos da Escola de Belas Artes de Lisboa. No jardim existe ainda o antigo caramanchão e um banco, ambos em ferro e contemporâneos do Pintor, e um lago ao gosto da época.

 

 

“O Casulo” de Malhoa é também o ponto de partida do percurso “Uma Volta à Vila, à Volta dos Quatro Artistas”.

Aqui poderá visitar uma exposição*, enriquecida com alguns objetos pessoais deste artista, que lhe permite ficar a saber mais sobre a casa e que revisita a vinda para Figueiró dos Vinhos de José Malhoa (1855-1933) e Henrique Pinto (1853-1912), dois pintores do Grupo do Leão, aqui trazidos a convite do Mestre e amigo José Simões d´Almeida Júnior (1844-1926), nascido em Figueiró, tal com o seu sobrinho José Simões d´Almeida (sobrinho) (1880-1950).

Ver o Casulo por fora é observar o resultado de sucessivas alterações que este sofreu na sua adaptação a residência privada após a venda em 1937.

O Busto de José Malhoa, do escultor caldense António Duarte (1912-1998), localizado já fora dos muros do Casulo, é também digno de nota. Originalmente colocado no Jardim Parque em 1956, foi trazido para a sua atual localização três décadas depois.

Solicite a visita no Museu e Centro de Artes.

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