CASULO DE MALHOA

 

Figueiró não esquece Laço Azul em 2021

abril 09, 2021

“O Azul funciona para mim como um constante lembrete/alerta para lutar pela proteção das crianças”

Bonnie W. Finney

 Em 1989, na Virgínia, E.U.A., Bonnie W. Finney, amarrou uma fita azul à antena do seu carro para despertar a curiosidade das pessoas que o vissem. Bonnie Finney era avó de duas crianças vítimas de maus-tratos e o laço azul simbolizava as nódoas negras dos corpos dos seus netos.

Nasce, assim, a famosa Campanha do Laço Azul (Blue Ribbon), cuja história nunca é demais para ser relembrada!

Promover e proteger os direitos das crianças, no que respeita, sobretudo, aos maus-tratos, são, assim, os objetivos que guiam esta campanha que ocorre, todos os anos, durante o mês de abril.

Neste sentido, mesmo e sobretudo em tempos de pandemia, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Figueiró dos Vinhos associa-se, mais uma vez, ao Mês da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância e Juventude, campanha de sensibilização promovida pela Comissão Nacional de Crianças e Jovens em Risco, que tem como principal propósito a consciencialização das famílias e de toda a comunidade para a importância da prevenção dos maus tratos na infância e juventude, contribuindo para um fortalecimento dos laços familiares, no sentido de uma parentalidade cada vez mais positiva.

Este ano, em virtude da atual situação pandémica, não existirão as habituais iniciativas alusivas à temática do Laço Azul, nomeadamente as tradicionais exposições abertas ao público, realizadas pelas várias entidades do concelho, ou, ainda, o belíssimo Laço Azul Humano, que move as todas as crianças do Agrupamento de Escolas de Figueiró dos Vinhos à Praça do Município.

Contudo, esta campanha não passará despercebida por cá, e o desafio foi lançado a entidades e associações do concelho, o mesmo que lançamos a todos os figueiroenses: faça um laço azul e coloque-o na janela ou na porta da sua casa durante todo o mês de abril.

Junte-se a nós! Por todas as crianças e jovens vítimas de maus tratos.

Edifício associado à estadia do pintor José Malhoa em Figueiró dos Vinhos e onde faleceu em 26 de Outubro de 1933.
Atraído pelo convite do seu antigo mestre José Simões de Almeida Júnior (tio), José Vital Malhoa chegou Figueiró dos Vinhos por volta de 1883 e encantou-se pelos horizontes longínquos, as serranias, a cor dos campos e costumes, descobriu modelos para as suas pinturas e motivos para o seu projeto artístico. Aqui mandou construir esta casa, cuja planta é composta por dois corpos retangulares articulados em “T”. O corpo mais baixo, originalmente de um só piso corresponde à pequena casa térrea inicial que Malhoa ali mandou construir, possivelmente no ano de 1895.
Mais tarde, em 1898, sob traçado de Luiz Ernesto Reynaud, foi acrescentado um novo corpo, transformando-a numa verdadeira casa, onde a primitiva pequena casa é transformada no atelier de trabalho do Pintor, recebendo uma grande claraboia de ferro e vidro sobre a cobertura, há muito já desaparecida Destaca-se, no seu interior, a pequena sala de jantar aberta para a varanda alpendrada, onde as paredes são revestidas a pergamóide, imitando couro lavrado e as duas sobre-portas exibem frisos floridos em tela pintada a óleo, originais do pintor António Ramalho Júnior. A mesa de jantar e possivelmente o candeeiro da sala serão ainda peças sobreviventes do tempo do Pintor. O teto, em madeira, apresenta uns pequenos nichos que teriam pequenas obras de pintores amigos de Malhoa, entretanto desaparecidas.
Após a reabilitação de 1985, os nichos foram preenchidos com novas obras, produzidas e oferecidas por professores e alunos da Escola de Belas Artes de Lisboa. No jardim existe ainda o antigo caramanchão e um banco, ambos em ferro e contemporâneos do Pintor, e um lago ao gosto da época.

 

 

“O Casulo” de Malhoa é também o ponto de partida do percurso “Uma Volta à Vila, à Volta dos Quatro Artistas”.

Aqui poderá visitar uma exposição*, enriquecida com alguns objetos pessoais deste artista, que lhe permite ficar a saber mais sobre a casa e que revisita a vinda para Figueiró dos Vinhos de José Malhoa (1855-1933) e Henrique Pinto (1853-1912), dois pintores do Grupo do Leão, aqui trazidos a convite do Mestre e amigo José Simões d´Almeida Júnior (1844-1926), nascido em Figueiró, tal com o seu sobrinho José Simões d´Almeida (sobrinho) (1880-1950).

Ver o Casulo por fora é observar o resultado de sucessivas alterações que este sofreu na sua adaptação a residência privada após a venda em 1937.

O Busto de José Malhoa, do escultor caldense António Duarte (1912-1998), localizado já fora dos muros do Casulo, é também digno de nota. Originalmente colocado no Jardim Parque em 1956, foi trazido para a sua atual localização três décadas depois.

Solicite a visita no Museu e Centro de Artes.

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