CASULO DE MALHOA

 

Figueiró dos Vinhos com Secção de Julgado de Paz

maio 27, 2021

Figueiró dos Vinhos acolhe, a partir de hoje, a Secção do Julgado de Paz do Agrupamento dos Concelhos de Alvaiázere, Ansião, Figueiró dos Vinhos, Pedrógão Grande e Penela, após o estabelecimento de um protocolo entre o Estado e os referidos Municípios.

A sessão de assinatura do protocolo que permite a instalação, organização e funcionamento do novo serviço ocorreu durante esta manhã, no Museu e Centro de Artes de Figueiró dos Vinhos, sendo seguida por uma breve visita às futuras instalações do novo Julgado de Paz, situadas no edifício do Tribunal de Figueiró dos Vinhos.

Realizado de forma simbólica e no estreito cumprimento de todas as medidas de segurança e higiene indicadas pela DGS, o evento contou com a presença da Secretária de Estado da Justiça, Dr.ª Anabela Pedroso; do Diretor-geral da Política de Justiça, Dr. Jorge Costa; do Presidente do Conselho dos Julgados de Paz, o Juiz Conselheiro jubilado Dr. Vítor Gonçalves Gomes; do Secretário-geral do Conselho dos Julgados de Paz, Dr. João Martins; e dos respetivos Presidentes de Câmara, entre outras entidades.

A cerimónia iniciou-se com a intervenção de Jorge Abreu, Presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos que agradeceu a todos os intervenientes a possibilidade de concretizar este projeto que irá, certamente, unir e agilizar mais a justiça aos munícipes destes concelhos. Uma ideia partilhada, igualmente pela Secretária de Estado da Justiça, Dr.ª Anabela Pedroso, para quem a sessão de hoje se revestiu de particular significado, uma vez que, este ano, se celebra o 20.º aniversário da implementação do primeiro Julgado de Paz em Portugal. No seu discurso, a Secretária de Estado da Justiça, frisou a importância desta instituição que visa aproximar os cidadãos e possibilitar, a todos sem exceção, alcançar mais e melhor justiça, de um modo mais eficaz e mais célere. Um objetivo partilhado pelos cinco municípios que constituem este agrupamento, que permitiu chegar ao dia de hoje, e razão pela qual, Anabela Pedroso, congratulou efusivamente, não só, os Presidentes de Câmara e demais entidades envolvidas neste projeto, mas também e particularmente, o autarca figueiroense Jorge Abreu, pela sua disponibilidade e persistência constantes que contribuíram, ativamente, para que o Julgado de Paz em Figueiró dos Vinhos fosse uma realidade.

Após a assinatura protocolar, os presentes puderam visitar e conhecer as exposições do Museu e Centro de Artes, dirigindo-se de seguida às instalações da Secção do Julgado de Paz.

 

Recorde-se que os Julgados de Paz constituem uma rede de tribunais incomuns de proximidade, instalados e a funcionar em estreita cooperação entre o Estado e os Municípios, visando a mediação e resolução de conflitos de natureza cível, cujo valor não exceda os €15.000 (excluindo as que envolvam matérias de Direito da Família, Direito das Sucessões e Direito do Trabalho), de uma forma mais simples e sem a necessidade de recorrer aos tribunais comuns.

Para mais informações sobre o funcionamento, organização e competências dos Julgados de Paz consulte a página online em http://www.conselhodosjulgadosdepaz.com.pt/

 

Edifício associado à estadia do pintor José Malhoa em Figueiró dos Vinhos e onde faleceu em 26 de Outubro de 1933.
Atraído pelo convite do seu antigo mestre José Simões de Almeida Júnior (tio), José Vital Malhoa chegou Figueiró dos Vinhos por volta de 1883 e encantou-se pelos horizontes longínquos, as serranias, a cor dos campos e costumes, descobriu modelos para as suas pinturas e motivos para o seu projeto artístico. Aqui mandou construir esta casa, cuja planta é composta por dois corpos retangulares articulados em “T”. O corpo mais baixo, originalmente de um só piso corresponde à pequena casa térrea inicial que Malhoa ali mandou construir, possivelmente no ano de 1895.
Mais tarde, em 1898, sob traçado de Luiz Ernesto Reynaud, foi acrescentado um novo corpo, transformando-a numa verdadeira casa, onde a primitiva pequena casa é transformada no atelier de trabalho do Pintor, recebendo uma grande claraboia de ferro e vidro sobre a cobertura, há muito já desaparecida Destaca-se, no seu interior, a pequena sala de jantar aberta para a varanda alpendrada, onde as paredes são revestidas a pergamóide, imitando couro lavrado e as duas sobre-portas exibem frisos floridos em tela pintada a óleo, originais do pintor António Ramalho Júnior. A mesa de jantar e possivelmente o candeeiro da sala serão ainda peças sobreviventes do tempo do Pintor. O teto, em madeira, apresenta uns pequenos nichos que teriam pequenas obras de pintores amigos de Malhoa, entretanto desaparecidas.
Após a reabilitação de 1985, os nichos foram preenchidos com novas obras, produzidas e oferecidas por professores e alunos da Escola de Belas Artes de Lisboa. No jardim existe ainda o antigo caramanchão e um banco, ambos em ferro e contemporâneos do Pintor, e um lago ao gosto da época.

 

 

“O Casulo” de Malhoa é também o ponto de partida do percurso “Uma Volta à Vila, à Volta dos Quatro Artistas”.

Aqui poderá visitar uma exposição*, enriquecida com alguns objetos pessoais deste artista, que lhe permite ficar a saber mais sobre a casa e que revisita a vinda para Figueiró dos Vinhos de José Malhoa (1855-1933) e Henrique Pinto (1853-1912), dois pintores do Grupo do Leão, aqui trazidos a convite do Mestre e amigo José Simões d´Almeida Júnior (1844-1926), nascido em Figueiró, tal com o seu sobrinho José Simões d´Almeida (sobrinho) (1880-1950).

Ver o Casulo por fora é observar o resultado de sucessivas alterações que este sofreu na sua adaptação a residência privada após a venda em 1937.

O Busto de José Malhoa, do escultor caldense António Duarte (1912-1998), localizado já fora dos muros do Casulo, é também digno de nota. Originalmente colocado no Jardim Parque em 1956, foi trazido para a sua atual localização três décadas depois.

Solicite a visita no Museu e Centro de Artes.

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