CASULO DE MALHOA

 

Figueiró dos Vinhos contemplado com reforço de apoio financeiro de 180.673,32 € em obras de Regeneração Urbana

junho 01, 2021

O Município de Figueiró dos Vinhos foi, recentemente, premiado pela boa execução de duas candidaturas integradas no PARU - PLANO DE AÇÃO DE REGENERAÇÃO URBANA e aprovadas pelo CENTRO 2020. A prestação do Município na implementação destes projetos permitiu receber um reforço de financiamento previsto naquele programa de apoio comunitário.

A execução das intervenções no Jardim Municipal e na zona envolvente ao Estádio Afonso Lacerda (hoje designada Parque do Vale da Pipa), no seu conjunto, representaram um valor de investimento total de 880 804,24 euros e um montante de comparticipação do CENTRO 2020, já obtido, de 653 865,32 euros.

O cumprimento das regras de boa execução física e financeira permitiram ao Município ser contemplado com um prémio de desempenho no valor de 180.673,32 €, através do Fundo Europeu para o Desenvolvimento Regional (FEDER).

O valor total atribuído, segundo as regras instituídas pelo CENTRO 2020, irá financiar, em 94.848,29 €, a obra “Requalificação da Envolvente ao Parque Desportivo Municipal” (hoje designada Parque do Vale da Pipa), face ao valor não comparticipado, enquanto que o montante excedente, no valor de 85.825,03 €, ficará disponível para a execução de um novo projeto desta natureza, de acordo com o previsto no PARU - PLANO DE AÇÃO DE REGENERAÇÃO URBANA.

Edifício associado à estadia do pintor José Malhoa em Figueiró dos Vinhos e onde faleceu em 26 de Outubro de 1933.
Atraído pelo convite do seu antigo mestre José Simões de Almeida Júnior (tio), José Vital Malhoa chegou Figueiró dos Vinhos por volta de 1883 e encantou-se pelos horizontes longínquos, as serranias, a cor dos campos e costumes, descobriu modelos para as suas pinturas e motivos para o seu projeto artístico. Aqui mandou construir esta casa, cuja planta é composta por dois corpos retangulares articulados em “T”. O corpo mais baixo, originalmente de um só piso corresponde à pequena casa térrea inicial que Malhoa ali mandou construir, possivelmente no ano de 1895.
Mais tarde, em 1898, sob traçado de Luiz Ernesto Reynaud, foi acrescentado um novo corpo, transformando-a numa verdadeira casa, onde a primitiva pequena casa é transformada no atelier de trabalho do Pintor, recebendo uma grande claraboia de ferro e vidro sobre a cobertura, há muito já desaparecida Destaca-se, no seu interior, a pequena sala de jantar aberta para a varanda alpendrada, onde as paredes são revestidas a pergamóide, imitando couro lavrado e as duas sobre-portas exibem frisos floridos em tela pintada a óleo, originais do pintor António Ramalho Júnior. A mesa de jantar e possivelmente o candeeiro da sala serão ainda peças sobreviventes do tempo do Pintor. O teto, em madeira, apresenta uns pequenos nichos que teriam pequenas obras de pintores amigos de Malhoa, entretanto desaparecidas.
Após a reabilitação de 1985, os nichos foram preenchidos com novas obras, produzidas e oferecidas por professores e alunos da Escola de Belas Artes de Lisboa. No jardim existe ainda o antigo caramanchão e um banco, ambos em ferro e contemporâneos do Pintor, e um lago ao gosto da época.

 

 

“O Casulo” de Malhoa é também o ponto de partida do percurso “Uma Volta à Vila, à Volta dos Quatro Artistas”.

Aqui poderá visitar uma exposição*, enriquecida com alguns objetos pessoais deste artista, que lhe permite ficar a saber mais sobre a casa e que revisita a vinda para Figueiró dos Vinhos de José Malhoa (1855-1933) e Henrique Pinto (1853-1912), dois pintores do Grupo do Leão, aqui trazidos a convite do Mestre e amigo José Simões d´Almeida Júnior (1844-1926), nascido em Figueiró, tal com o seu sobrinho José Simões d´Almeida (sobrinho) (1880-1950).

Ver o Casulo por fora é observar o resultado de sucessivas alterações que este sofreu na sua adaptação a residência privada após a venda em 1937.

O Busto de José Malhoa, do escultor caldense António Duarte (1912-1998), localizado já fora dos muros do Casulo, é também digno de nota. Originalmente colocado no Jardim Parque em 1956, foi trazido para a sua atual localização três décadas depois.

Solicite a visita no Museu e Centro de Artes.

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