CASULO DE MALHOA

 

Secretário de Estado, Eng.º João Paulo Catarino, visita Posto Aquícola de Campelo

junho 23, 2021

Campelo recebeu, hoje, o Secretário de Estado  da Conservação da Natureza  e do Ordenamento do Território, Eng.º João Paulo Catarino, numa visita de trabalho às obras em curso no Posto Aquícola de Campelo.

A visita incluiu a apresentação do projeto “CRER - Adaptação do Posto Aquícola de Campelo para Criação Experimental de Trutas Assilvestradas”, aprovado pelo MAR 2020, no âmbito do ALJIA – Plano de Desenvolvimento Integrado da Ribeira de Alge.

O projeto visa, no seu todo, a intervenção física no espaço com obras de adaptação e restruturação tornando, por um lado, o seu funcionamento mais sustentável e, por outro lado, permitindo a constituição de um Centro de Reabilitação de Ecossistemas Ribeirinhos, o qual desenvolverá um projeto-piloto, pioneiro à escala nacional e internacional, direcionado para a criação experimental em viveiro de trutas assilvestradas, para posterior repovoamento de cursos de água.

Além deste importante projeto de gestão e conservação das espécies com elevado impacto ambiental a nível nacional, contempla, ainda, a promoção da sensibilização ambiental, através da divulgação dos resultados e da transferência dos conhecimentos obtidos no projeto. Neste sentido, será criado, também, um espaço de visitação para estudantes, turistas e comunidade científica, o que tornará este Posto Aquícola, um dos poucos existentes em Portugal, num dos futuros pontos turísticos do concelho de grande relevância a nível nacional e internacional.

Após a apresentação do “CRER - Adaptação do Posto Aquícola de Campelo para Criação Experimental de Trutas Assilvestradas”, o Secretário de Estado  da Conservação da Natureza  e do Ordenamento do Território, parabenizou e enalteceu esta iniciativa piloto por considerar que “é um equipamento que pode, claramente, ser um polo de desenvolvimento para esta região, com estas parcerias, com o projeto, com esta sensibilização ambiental, com esta valorização, porque estes territórios precisam destas âncoras para se desenvolver economicamente, mas fazê-lo de uma forma sustentável e a melhor forma de o fazer é com um ativo diferenciador, ou seja o que tem de, efetivamente, ser feito é aquilo que vocês estão aqui a fazer, que é usar aquilo que é um ativo diferenciador, que é a truta que é a Ribeira de Alge e no fundo, a partir daqui, criar um polo dinamizador, um polo turístico que possa, obviamente, além da valorização ambiental, trazer pessoas a este território, e eu julgo que o caminho é, efetivamente, este.”

João Paulo Catarino caracterizou, ainda, o projeto apresentado como “um trabalho que nos deve orgulhar, porque no fundo é estudar o património genético, é criar um ativo diferenciador nesta área, e é restaurar um ecossistema para que ele possa ser cada vez mais sustentável do ponto vista ambiental, mas, por essa via, também depois o podemos valorizar do ponto de vista económico e do ponto vista turístico. E estes restauros destes ecossistemas serão a política ambiental dos próximos tempos… porque ao ritmo que estamos a perder biodiversidade no contexto do planeta é assustador e isso convoca-nos para esta necessidade de restaurar e valorizar a biodiversidade que temos nestes contextos.(…) É aquilo que estão aqui a fazer com este projeto, com o restauro deste ecossistema e desta ribeira, acho que tudo isto dará o produto que acima de tudo valorize o concelho Figueiró dos Vinhos, mas acima de tudo valorize as pessoas que vivem nestes territórios e possa ser encarado numa perspetiva de um futuro com esperança, que traga retorno económico, também por esta via, em especial às pessoas que vivem nestes territórios e, se possível, a outros novos povoadores. Por isso, Sr. Presidente dar-lhe, mais uma vez, os parabéns pelo ótimo trabalho em todas as dimensões, mas em especial nesta preocupação pela sustentabilidade ambiental, pela valorização deste ativo e a forma como o tem feito e, por isso, é com particular satisfação e muito orgulho que me associo a este projeto, tão interessante a todos os níveis.”

A reabilitação deste posto aquícola, que se encontrava inativo há vários anos, tem um investimento total aprovado de 1.081.747,73 €, com um apoio financeiro de 811.310,81 € (75 %) através do Programa Operacional MAR2020, e prevê-se que esteja em pleno funcionamento no verão de 2022.

 

Edifício associado à estadia do pintor José Malhoa em Figueiró dos Vinhos e onde faleceu em 26 de Outubro de 1933.
Atraído pelo convite do seu antigo mestre José Simões de Almeida Júnior (tio), José Vital Malhoa chegou Figueiró dos Vinhos por volta de 1883 e encantou-se pelos horizontes longínquos, as serranias, a cor dos campos e costumes, descobriu modelos para as suas pinturas e motivos para o seu projeto artístico. Aqui mandou construir esta casa, cuja planta é composta por dois corpos retangulares articulados em “T”. O corpo mais baixo, originalmente de um só piso corresponde à pequena casa térrea inicial que Malhoa ali mandou construir, possivelmente no ano de 1895.
Mais tarde, em 1898, sob traçado de Luiz Ernesto Reynaud, foi acrescentado um novo corpo, transformando-a numa verdadeira casa, onde a primitiva pequena casa é transformada no atelier de trabalho do Pintor, recebendo uma grande claraboia de ferro e vidro sobre a cobertura, há muito já desaparecida Destaca-se, no seu interior, a pequena sala de jantar aberta para a varanda alpendrada, onde as paredes são revestidas a pergamóide, imitando couro lavrado e as duas sobre-portas exibem frisos floridos em tela pintada a óleo, originais do pintor António Ramalho Júnior. A mesa de jantar e possivelmente o candeeiro da sala serão ainda peças sobreviventes do tempo do Pintor. O teto, em madeira, apresenta uns pequenos nichos que teriam pequenas obras de pintores amigos de Malhoa, entretanto desaparecidas.
Após a reabilitação de 1985, os nichos foram preenchidos com novas obras, produzidas e oferecidas por professores e alunos da Escola de Belas Artes de Lisboa. No jardim existe ainda o antigo caramanchão e um banco, ambos em ferro e contemporâneos do Pintor, e um lago ao gosto da época.

 

 

“O Casulo” de Malhoa é também o ponto de partida do percurso “Uma Volta à Vila, à Volta dos Quatro Artistas”.

Aqui poderá visitar uma exposição*, enriquecida com alguns objetos pessoais deste artista, que lhe permite ficar a saber mais sobre a casa e que revisita a vinda para Figueiró dos Vinhos de José Malhoa (1855-1933) e Henrique Pinto (1853-1912), dois pintores do Grupo do Leão, aqui trazidos a convite do Mestre e amigo José Simões d´Almeida Júnior (1844-1926), nascido em Figueiró, tal com o seu sobrinho José Simões d´Almeida (sobrinho) (1880-1950).

Ver o Casulo por fora é observar o resultado de sucessivas alterações que este sofreu na sua adaptação a residência privada após a venda em 1937.

O Busto de José Malhoa, do escultor caldense António Duarte (1912-1998), localizado já fora dos muros do Casulo, é também digno de nota. Originalmente colocado no Jardim Parque em 1956, foi trazido para a sua atual localização três décadas depois.

Solicite a visita no Museu e Centro de Artes.

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