CASULO DE MALHOA

 

Dia do Concelho celebrado com lançamento da Primeira Pedra da Escola Profissional Agostinho Roseta

junho 25, 2021

O 24 de junho deste ano ficou marcado não só pela inauguração da obra de “Beneficiação do Edifício dos Paços do Concelho”, mas também pela cerimónia de lançamento da Primeira Pedra da Escola Profissional Agostinho Roseta.

Os dois simbólicos atos, bem como a Sessão Solene da Assembleia Municipal do Dia do Concelho, contaram com a presença de Sua Excelência a Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Dr.ª Ana Mendes Godinho, entre outras entidades.

O dia dos figueiroenses iniciou-se, pelas 10h00, com o tradicional Hastear da Bandeira, sendo prosseguido, durante a tarde, pela habitual Sessão da Assembleia Municipal, onde a Ministra Ana Mendes Godinho foi convidada a assinar o Livro de Honra de Figueiró dos Vinhos.

Nas sentidas palavras que proferiu nesta sessão, a Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, felicitou o concelho, o Município e o Presidente da Câmara, Jorge Abreu, pela resiliência, a união e vontade de construir o futuro, algo que verificou desde a situação de 2017 até ao ano pandémico em que nos encontramos, afirmando mesmo que se sentia no concelho, “representando dois momentos simbólicos exemplares do que é, do que representa também Figueiró dos Vinhos na minha vida. Desde logo porque me faz, permanentemente, lembrar que não há impossíveis. E quando, em 2018, aqui viemos, exatamente pouco depois de terem acontecido os incêndios, num momento muito difícil, num território que estava a atravessar muitas dificuldades, Figueiró conseguiu mostrar, que estava a olhar em frente, que estava a olhar para o futuro, construindo aqui uma grande oportunidade, transformando um momento difícil numa oportunidade de construir uma âncora de desenvolvimento de território e abrindo o mapa de Portugal, colocando Figueiró no topo do mapa com uma atração, construindo aquilo que parecia ser impossível: transformar um território, que tradicionalmente as pessoas não associavam a um território turístico, colocá-lo precisamente nas prioridades, e sendo, hoje, aliás, uma das principais atrações, quando se faz qualquer busca à procura de turismo de natureza aparece com um enorme destaque. E portanto, com esta capacidade de reinvenção e de transformar momentos difíceis em momentos de renovação e de reconstrução, Sr. Presidente tenho que lhe agradecer por isto, por ser uma permanente inspiração de transformar dificuldades em grandes momentos de oportunidades. E portanto, este é também um momento de vir aqui buscar inspiração, oxigénio, e buscar esta grande capacidade de resistência. E é também, por isto, que é simbólico Figueiró dos Vinhos, para mim. Porque foi também um município que, ao longo deste ano, mostrou, exatamente, o que é a grande capacidade e a grande virtualidade de termos um poder local forte, com uma capacidade de reação próxima nos territórios, para quem precisa, onde precisa, no momento em que precisa.”

Ao finalizar o seu discurso, congratulou, igualmente, o Município por persistir no contínuo trabalho em fixar e atrair os jovens, quer conterrâneos, quer de outros locais do país. Uma aposta que partilha, afirmando que “tem de ser a nossa aposta total: na atração de trabalhadores e de jovens para o interior. Os territórios que apostarem nas qualificações, na formação e nos trabalhadores são os territórios que têm futuro. E portanto, acho que o momento que, hoje, aqui vamos viver é exatamente essa construção do futuro. Estamos aqui a construir futuro, garantindo que estamos também a criar condições para fazer a diferença nas qualificações… um fator crítico para, por um lado, permitir a igualdade de oportunidades para todas as pessoas, por outro lado, combater a pobreza: quanto mais nós tivermos pessoas qualificadas, mais estamos a conseguir aumentar o seu valor no mercado de trabalho, as suas condições, a sua competitividade, e a competitividade, também, dos territórios e do país”.

As comemorações deste 24 de junho concluíram-se com o Descerramento da Placa alusiva à obra de “Beneficiação do Edifício dos Paços do Concelho” e com o tão aguardado lançamento da Primeira Pedra da Escola Profissional Agostinho Roseta.

 

 

 

Edifício associado à estadia do pintor José Malhoa em Figueiró dos Vinhos e onde faleceu em 26 de Outubro de 1933.
Atraído pelo convite do seu antigo mestre José Simões de Almeida Júnior (tio), José Vital Malhoa chegou Figueiró dos Vinhos por volta de 1883 e encantou-se pelos horizontes longínquos, as serranias, a cor dos campos e costumes, descobriu modelos para as suas pinturas e motivos para o seu projeto artístico. Aqui mandou construir esta casa, cuja planta é composta por dois corpos retangulares articulados em “T”. O corpo mais baixo, originalmente de um só piso corresponde à pequena casa térrea inicial que Malhoa ali mandou construir, possivelmente no ano de 1895.
Mais tarde, em 1898, sob traçado de Luiz Ernesto Reynaud, foi acrescentado um novo corpo, transformando-a numa verdadeira casa, onde a primitiva pequena casa é transformada no atelier de trabalho do Pintor, recebendo uma grande claraboia de ferro e vidro sobre a cobertura, há muito já desaparecida Destaca-se, no seu interior, a pequena sala de jantar aberta para a varanda alpendrada, onde as paredes são revestidas a pergamóide, imitando couro lavrado e as duas sobre-portas exibem frisos floridos em tela pintada a óleo, originais do pintor António Ramalho Júnior. A mesa de jantar e possivelmente o candeeiro da sala serão ainda peças sobreviventes do tempo do Pintor. O teto, em madeira, apresenta uns pequenos nichos que teriam pequenas obras de pintores amigos de Malhoa, entretanto desaparecidas.
Após a reabilitação de 1985, os nichos foram preenchidos com novas obras, produzidas e oferecidas por professores e alunos da Escola de Belas Artes de Lisboa. No jardim existe ainda o antigo caramanchão e um banco, ambos em ferro e contemporâneos do Pintor, e um lago ao gosto da época.

 

 

“O Casulo” de Malhoa é também o ponto de partida do percurso “Uma Volta à Vila, à Volta dos Quatro Artistas”.

Aqui poderá visitar uma exposição*, enriquecida com alguns objetos pessoais deste artista, que lhe permite ficar a saber mais sobre a casa e que revisita a vinda para Figueiró dos Vinhos de José Malhoa (1855-1933) e Henrique Pinto (1853-1912), dois pintores do Grupo do Leão, aqui trazidos a convite do Mestre e amigo José Simões d´Almeida Júnior (1844-1926), nascido em Figueiró, tal com o seu sobrinho José Simões d´Almeida (sobrinho) (1880-1950).

Ver o Casulo por fora é observar o resultado de sucessivas alterações que este sofreu na sua adaptação a residência privada após a venda em 1937.

O Busto de José Malhoa, do escultor caldense António Duarte (1912-1998), localizado já fora dos muros do Casulo, é também digno de nota. Originalmente colocado no Jardim Parque em 1956, foi trazido para a sua atual localização três décadas depois.

Solicite a visita no Museu e Centro de Artes.

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