CASULO DE MALHOA

 

“Na Terra dos Sonhos”: obra traz novo ponto de visitação ao concelho

março 14, 2022

As Fragas de São Simão têm um novo olhar sobre si com a implementação de uma estátua em pedra num dos miradouros do passadiço.

A obra da autoria de Joana Alves, doutorada em Belas-Artes com especialização em Escultura, intitula-se “Na Terra dos Sonhos” e faz parte, agora, do percurso entre o Miradouro das Fragas de São Simão e a Praia Fluvial, trazendo consigo novas curiosidades e novos olhares.

A escultura surge no âmbito do projeto “Territórios de Pedra”, uma rede de cooperação cultural entre os Municípios de Ansião, Figueiró dos Vinhos e Pombal, que visa a valorização da pedra, produto endógeno da região, e as tradições oficinais a ela associadas. A iniciativa incide sobre uma programação cultural em rede, ativada a partir da concretização de eventos culturais associados à paisagem e ao património nos territórios parceiros, nomeadamente, através de projetos artísticos com a comunidade e intervenções escultóricas.

Neste sentido e visando criar uma Rota de Escultura Contemporânea, realizou-se, em 2021, uma Open Call Internacional de Escultura onde foram selecionadas oito propostas de artistas emergentes. As diversas peças produzidas estão, agora, a ser distribuídas pelo território dos três municípios parceiros, valorizando áreas de baixa densidade, prioritárias de intervenção/valorização de acordo com a estratégia territorial local e que se incluam em potencial percurso paisagístico intermunicipal.

Uma das esculturas selecionadas é “Na terra dos sonhos”, recebida pelo nosso concelho e que, segundo a autora, se apresenta como uma escultura figurativa de uma simples criança que contempla a sua terra. A execução da obra pretende demonstrar um misto de otimismo, inocência, honestidade e profunda ligação à terra, convidando o visitante a passear ao ar livre, a ficar mais perto da natureza, a contemplar os horizontes em torno dela e a maravilhar-se com os horizontes, as texturas, as cores, a beleza da vida rural na terra dos sonhos.

Eterniza-se, assim, pelas mãos de Joana Alves, uma identidade territorial, salientando o forte espírito naturalista da região, valorizando o passado e potenciando o contemporâneo. Uma obra de arte colocada num local incomum, em comunhão com a natureza e ao alcance de todos, deixando para as gerações vindouras um registo do nosso património arquitetónico, natural e paisagístico.

 

Conheça o trabalho de Joana Alves em:
 https://joanaalvessculpture.weebly.com
 https://www.facebook.com/joanaalvessculpture/

 

Edifício associado à estadia do pintor José Malhoa em Figueiró dos Vinhos e onde faleceu em 26 de Outubro de 1933.
Atraído pelo convite do seu antigo mestre José Simões de Almeida Júnior (tio), José Vital Malhoa chegou Figueiró dos Vinhos por volta de 1883 e encantou-se pelos horizontes longínquos, as serranias, a cor dos campos e costumes, descobriu modelos para as suas pinturas e motivos para o seu projeto artístico. Aqui mandou construir esta casa, cuja planta é composta por dois corpos retangulares articulados em “T”. O corpo mais baixo, originalmente de um só piso corresponde à pequena casa térrea inicial que Malhoa ali mandou construir, possivelmente no ano de 1895.
Mais tarde, em 1898, sob traçado de Luiz Ernesto Reynaud, foi acrescentado um novo corpo, transformando-a numa verdadeira casa, onde a primitiva pequena casa é transformada no atelier de trabalho do Pintor, recebendo uma grande claraboia de ferro e vidro sobre a cobertura, há muito já desaparecida Destaca-se, no seu interior, a pequena sala de jantar aberta para a varanda alpendrada, onde as paredes são revestidas a pergamóide, imitando couro lavrado e as duas sobre-portas exibem frisos floridos em tela pintada a óleo, originais do pintor António Ramalho Júnior. A mesa de jantar e possivelmente o candeeiro da sala serão ainda peças sobreviventes do tempo do Pintor. O teto, em madeira, apresenta uns pequenos nichos que teriam pequenas obras de pintores amigos de Malhoa, entretanto desaparecidas.
Após a reabilitação de 1985, os nichos foram preenchidos com novas obras, produzidas e oferecidas por professores e alunos da Escola de Belas Artes de Lisboa. No jardim existe ainda o antigo caramanchão e um banco, ambos em ferro e contemporâneos do Pintor, e um lago ao gosto da época.

 

 

“O Casulo” de Malhoa é também o ponto de partida do percurso “Uma Volta à Vila, à Volta dos Quatro Artistas”.

Aqui poderá visitar uma exposição*, enriquecida com alguns objetos pessoais deste artista, que lhe permite ficar a saber mais sobre a casa e que revisita a vinda para Figueiró dos Vinhos de José Malhoa (1855-1933) e Henrique Pinto (1853-1912), dois pintores do Grupo do Leão, aqui trazidos a convite do Mestre e amigo José Simões d´Almeida Júnior (1844-1926), nascido em Figueiró, tal com o seu sobrinho José Simões d´Almeida (sobrinho) (1880-1950).

Ver o Casulo por fora é observar o resultado de sucessivas alterações que este sofreu na sua adaptação a residência privada após a venda em 1937.

O Busto de José Malhoa, do escultor caldense António Duarte (1912-1998), localizado já fora dos muros do Casulo, é também digno de nota. Originalmente colocado no Jardim Parque em 1956, foi trazido para a sua atual localização três décadas depois.

Solicite a visita no Museu e Centro de Artes.

Newsletter

Agenda Cultural pensada para si, com eventos para todas as idades!
Receba, gratuitamente, a programação do mês e cancele quando quiser.

Damos valor à sua privacidade

Utilizamos cookies no nosso website para lhe proporcionar uma experiência mais relevante, recordando as suas preferências e as suas visitas repetidas. Ao clicar em "Aceitar", consente a utilização de TODOS os cookies. No entanto, pode visitar as "Definições de Cookie" no seu browser e permitir consentimento mais ajustado.

Politica de Privacidade

         app banner 2




revista