CASULO DE MALHOA

 

Rota de Arte Urbana: Figueiró dos Vinhos em destaque na Imprensa alemã - à conquista dos circuitos internacionais

abril 29, 2022

Na sequência da realização de press trips (“viagens de imprensa”) de promoção do circuito de Arte Urbana do Centro de Portugal, organizadas pela Agência Regional de Promoção Turística Centro de Portugal (Visit Center of Portugal), Figueiró dos Vinhos e o FAZUNCHAR surgem como parte integrante de uma belíssima Rota de Arte Urbana da zona centro do país.

As press trips, ocorridas em setembro passado e dirigidas ao mercado alemão, contaram com a presença do blogger do Urbanshit.de, o mais relevante blog alemão de cultura e arte urbana, e do Editor Friedrich Reip, cujos artigos são publicados na imprensa alemã com uma tiragem semanal de cerca de 1.800.000 exemplares.

 “Onde a arte de rua e a história da vila se fundem”, é como começa o artigo do Urbanshit.de, publicado a 8 de dezembro, exaltando Figueiró dos Vinhos e o nosso FAZUNCHAR como um festival que “funciona com perfeição e faz a ponte entre a arte antiga e a arte contemporânea”. A visita a Figueiró dos Vinhos não deixou o blogger indiferente, exaltando o Museu e Centro de Artes, que no seu olhar “abriga uma bela coleção de pinturas de diferentes períodos da pintura portuguesa, incluindo importantes pinturas de paisagem, todas inspiradas nas paisagens de tirar o fôlego que a região de Figueiró dos Vinhos tem para oferecer”. Paisagens e arte que se podem apreciar com um passeio a pé, que sugere que todos os visitantes façam e que é a ideia principal do FAZUNCHAR: “os visitantes devem poder descobrir a vila e sua história por si mesmos através da arte de rua e, ao mesmo tempo, a arte deve ser transportada do espaço do museu para o espaço urbano.” Na sua perspetiva, este festival contribuiu grandemente para que surgisse uma “impressionante galeria ao ar livre que se estende por todo o centro histórico”, o qual pode ser explorado a pé e sem mapa, tendo como especial ingrediente o facto de as obras não estarem concentradas em locais ou fachadas principais, mas antes em locais que obrigam à descoberta, tornando esta Rota de Arte Urbana uma “espécie de caça ao tesouro de arte e ao mesmo tempo que permite uma visão muito especial da vila”. Mas o blogger alemão vai mais longe, e não se fica pelo centro da vila, aconselhando vivamente um passeio pelo concelho e aldeias, onde pode ver “não só belas paisagens de montanha, um grande desfiladeiro balnear e aldeias de montanha idílicas (…), mas também outros grandes murais” do Festival FAZUNCHAR. Um passeio ao qual “pode facilmente adicionar um segundo dia de visita a Figueiró dos Vinhos”, porque segundo o autor “Vale a pena”.

Uma opinião partilhada, totalmente, por Friedrich Reip, que descreve Figueiró dos Vinhos, “do Museu até à estrada”, como “150 quilómetros e várias cordilheiras de tirar o fôlego” e a “arte de rua como uma continuação da tradição artística histórica”. Este editor alemão, elogia o Festival de Arte Urbana FAZUNCHAR, caracterizando-o como um “Festival inteligente”, ao recuperar a história do Naturalismo português e dos pintores José Malhoa e Manuel Henrique Pinto, cruzando-a com o modernismo, e ao “brincar com o passado com sabedoria” por relembrar o ‘Laínte’, dialeto local criado e falado apenas pelos trabalhadores da indústria têxtil.

Figueiró dos Vinhos é, deste modo, colocado ao nível das mais importantes Rotas de Arte Urbana nacionais, num circuito que já alcança a Europa. Realçando a história do concelho e cruzando-a com os tempos modernos, a arte toma aqui um papel fundamental para um novo despertar do turismo na nossa região. Um turismo diferente e de valor acrescentado, de perpetuação da sua cultura e das suas gentes, complementando, simultaneamente, o turismo de natureza e contribuindo, assim, para uma maior competitividade e atratividade turística do concelho no panorama internacional.

 

 Pode ler o artigo original de Urbanshit.de - Figueiró dos Vinhos em: https://urbanshit.de/centro-portugal-street-art-figueiro-dos-vinhos
 Agência Regional de Promoção Turística Centro de Portugal (Visit Center of Portugal): http://www.centerofportugal.com
 Rota de Arte Urbana do Centro de Portugal: https://www.centerofportugal.com/pt/tour/rota-da-arte-urbana

 FAZUNCHAR - Festival de Arte Urbana de Figueiró dos Vinhos
        Website: https://www.cm-figueirodosvinhos.pt/index.php/descobrir2/ver-e-fazer/fazunchar2 
        Facebook: https://www.facebook.com/fazunchar/

Edifício associado à estadia do pintor José Malhoa em Figueiró dos Vinhos e onde faleceu em 26 de Outubro de 1933.
Atraído pelo convite do seu antigo mestre José Simões de Almeida Júnior (tio), José Vital Malhoa chegou Figueiró dos Vinhos por volta de 1883 e encantou-se pelos horizontes longínquos, as serranias, a cor dos campos e costumes, descobriu modelos para as suas pinturas e motivos para o seu projeto artístico. Aqui mandou construir esta casa, cuja planta é composta por dois corpos retangulares articulados em “T”. O corpo mais baixo, originalmente de um só piso corresponde à pequena casa térrea inicial que Malhoa ali mandou construir, possivelmente no ano de 1895.
Mais tarde, em 1898, sob traçado de Luiz Ernesto Reynaud, foi acrescentado um novo corpo, transformando-a numa verdadeira casa, onde a primitiva pequena casa é transformada no atelier de trabalho do Pintor, recebendo uma grande claraboia de ferro e vidro sobre a cobertura, há muito já desaparecida Destaca-se, no seu interior, a pequena sala de jantar aberta para a varanda alpendrada, onde as paredes são revestidas a pergamóide, imitando couro lavrado e as duas sobre-portas exibem frisos floridos em tela pintada a óleo, originais do pintor António Ramalho Júnior. A mesa de jantar e possivelmente o candeeiro da sala serão ainda peças sobreviventes do tempo do Pintor. O teto, em madeira, apresenta uns pequenos nichos que teriam pequenas obras de pintores amigos de Malhoa, entretanto desaparecidas.
Após a reabilitação de 1985, os nichos foram preenchidos com novas obras, produzidas e oferecidas por professores e alunos da Escola de Belas Artes de Lisboa. No jardim existe ainda o antigo caramanchão e um banco, ambos em ferro e contemporâneos do Pintor, e um lago ao gosto da época.

 

 

“O Casulo” de Malhoa é também o ponto de partida do percurso “Uma Volta à Vila, à Volta dos Quatro Artistas”.

Aqui poderá visitar uma exposição*, enriquecida com alguns objetos pessoais deste artista, que lhe permite ficar a saber mais sobre a casa e que revisita a vinda para Figueiró dos Vinhos de José Malhoa (1855-1933) e Henrique Pinto (1853-1912), dois pintores do Grupo do Leão, aqui trazidos a convite do Mestre e amigo José Simões d´Almeida Júnior (1844-1926), nascido em Figueiró, tal com o seu sobrinho José Simões d´Almeida (sobrinho) (1880-1950).

Ver o Casulo por fora é observar o resultado de sucessivas alterações que este sofreu na sua adaptação a residência privada após a venda em 1937.

O Busto de José Malhoa, do escultor caldense António Duarte (1912-1998), localizado já fora dos muros do Casulo, é também digno de nota. Originalmente colocado no Jardim Parque em 1956, foi trazido para a sua atual localização três décadas depois.

Solicite a visita no Museu e Centro de Artes.

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