CASULO DE MALHOA

 

Noite de Fado figueiroense ganha nova dimensão

julho 08, 2022

Festival Fado online 01

O evento de Fado proporcionado pelo Município de Figueiró dos Vinhos desde 2018, ganhou nova dimensão e, este ano tem nova designação: Festival do Fado.

O Festival é de entrada gratuita, realizando-se entre as noites de 5 e 20 de agosto, e percorrerá as quatro freguesias do concelho.

Logo na noite de 5 de agosto, pelas 21h30, a vila de Figueiró dos Vinhos irá receber  a inconfundível voz de Camané e a mestria de Mário Laginha, que nos encantarão, no Anfiteatro da Biblioteca Municipal Simões de Almeida (tio), com o seu mais recente projeto a dois "Aqui está-se sossegado". A dupla já tinha dado vários concertos juntos e do excelente entendimento sentido nessas colaborações, resultou o inevitável aprofundamento dessa simbiose: "Aqui está-se sossegado" é um projeto pensado de raiz para dar mais brilho a uma voz e a um piano que se descobriram cúmplices desde a primeira vez que encheram um palco. O espetáculo contará com cerca de duas dezenas de temas, saídos do cânone fadista tradicional, do repertório de Camané e incluirá também inéditos compostos por Mário Laginha que, recorde-se, musicou já um poema de Álvaro de Campos "Ai Margarida", que integra um dos últimos discos de Camané. Este concerto, particularmente, apesar de gratuito obriga ao levantamento de bilhete no Posto de Turismo de Figueiró dos Vinhos, de 28 de julho até às 17h00 de 5 de agosto.

O fadista Luís Travassos, por sua vez, irá abrilhantar as noites de fim de semana das Freguesias de Campelo (7 de agosto), Arega (13 de agosto), Aguda (14 de agosto) e Bairradas (20 de agosto). Acompanhado por Ricardo Silva na Guitarra Portuguesa e Ni Ferreirinha na Guitarra Clássica, Luís Travassos levará o público a mergulhar no maravilhoso mundo do Fado de Lisboa, um dos géneros musicais mais autênticos e característicos do nosso País. Igualmente gratuitos, os diversos concertos estão todos marcados para as 21h30, junto às Igrejas das respetivas freguesias.

Edifício associado à estadia do pintor José Malhoa em Figueiró dos Vinhos e onde faleceu em 26 de Outubro de 1933.
Atraído pelo convite do seu antigo mestre José Simões de Almeida Júnior (tio), José Vital Malhoa chegou Figueiró dos Vinhos por volta de 1883 e encantou-se pelos horizontes longínquos, as serranias, a cor dos campos e costumes, descobriu modelos para as suas pinturas e motivos para o seu projeto artístico. Aqui mandou construir esta casa, cuja planta é composta por dois corpos retangulares articulados em “T”. O corpo mais baixo, originalmente de um só piso corresponde à pequena casa térrea inicial que Malhoa ali mandou construir, possivelmente no ano de 1895.
Mais tarde, em 1898, sob traçado de Luiz Ernesto Reynaud, foi acrescentado um novo corpo, transformando-a numa verdadeira casa, onde a primitiva pequena casa é transformada no atelier de trabalho do Pintor, recebendo uma grande claraboia de ferro e vidro sobre a cobertura, há muito já desaparecida Destaca-se, no seu interior, a pequena sala de jantar aberta para a varanda alpendrada, onde as paredes são revestidas a pergamóide, imitando couro lavrado e as duas sobre-portas exibem frisos floridos em tela pintada a óleo, originais do pintor António Ramalho Júnior. A mesa de jantar e possivelmente o candeeiro da sala serão ainda peças sobreviventes do tempo do Pintor. O teto, em madeira, apresenta uns pequenos nichos que teriam pequenas obras de pintores amigos de Malhoa, entretanto desaparecidas.
Após a reabilitação de 1985, os nichos foram preenchidos com novas obras, produzidas e oferecidas por professores e alunos da Escola de Belas Artes de Lisboa. No jardim existe ainda o antigo caramanchão e um banco, ambos em ferro e contemporâneos do Pintor, e um lago ao gosto da época.

 

 

“O Casulo” de Malhoa é também o ponto de partida do percurso “Uma Volta à Vila, à Volta dos Quatro Artistas”.

Aqui poderá visitar uma exposição*, enriquecida com alguns objetos pessoais deste artista, que lhe permite ficar a saber mais sobre a casa e que revisita a vinda para Figueiró dos Vinhos de José Malhoa (1855-1933) e Henrique Pinto (1853-1912), dois pintores do Grupo do Leão, aqui trazidos a convite do Mestre e amigo José Simões d´Almeida Júnior (1844-1926), nascido em Figueiró, tal com o seu sobrinho José Simões d´Almeida (sobrinho) (1880-1950).

Ver o Casulo por fora é observar o resultado de sucessivas alterações que este sofreu na sua adaptação a residência privada após a venda em 1937.

O Busto de José Malhoa, do escultor caldense António Duarte (1912-1998), localizado já fora dos muros do Casulo, é também digno de nota. Originalmente colocado no Jardim Parque em 1956, foi trazido para a sua atual localização três décadas depois.

Solicite a visita no Museu e Centro de Artes.

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