CASULO DE MALHOA

 

Aprovado projeto de intervenção na “Mata Municipal do Cabeço do Peão”

julho 20, 2022

No seguimento de uma candidatura apresentada pelo Município de Figueiró dos Vinhos ao COMPETE 2020, no âmbito do “Aviso n.º 11/REACT-EU/2021 - (Re)arborização de espaços verdes e criação de ilhas-sombra em meio urbano” foi aprovado um financiamento de 73.643 euros destinado a executar um projeto de intervenção naquele espaço nobre.

Situada na Vila de Figueiró dos Vinhos, a Mata Municipal do Cabeço do Peão é um lugar de destaque em termos de património natural, sendo constante o esforço da autarquia em reabilitar aquele espaço verde que tem uma área de cerca de 34,5ha.

Neste projeto estão previstas três linhas de ação essenciais: 1) Limpeza, desmatação e modelação do terreno, incluindo controlo de espécies invasoras, controlo de matos e de correção de densidades excessivas; 2) Plantação de carvalhos, sobreiros e medronheiros; 3) Fornecimento e aplicação de mobiliário urbano de descanso e controlo de RSU, delimitação de caminho, colocação de sinalética, entre outros.

A área total a intervencionar são 22,29 ha tendo o projeto o prazo de execução até abril do ano de 2023 e um valor total de investimento elegível de 73.643 euros, comparticipados a 100% no âmbito do COMPETE2020, através do Fundo REACT – EU.

Esta intervenção integra-se num conjunto de projetos com enfoque na floresta e nos espaços verdes, de que são exemplo os projetos de Condomínios de Aldeia promovidos pelo Município de Figueiró dos Vinhos e Juntas de Freguesia (as primeiras 8 aldeias já em conclusão e 12 outras aldeias em fase de análise de candidatura), bem como as Áreas Integradas de Gestão da Paisagem (AIGP), no caso em concreto a AIGP de Aguda e a AIGP de Alge e Lugares Anexos.

Candidatura Cabeco Peao 2022 Logo REACT EU BarraAssinaturas 01

Edifício associado à estadia do pintor José Malhoa em Figueiró dos Vinhos e onde faleceu em 26 de Outubro de 1933.
Atraído pelo convite do seu antigo mestre José Simões de Almeida Júnior (tio), José Vital Malhoa chegou Figueiró dos Vinhos por volta de 1883 e encantou-se pelos horizontes longínquos, as serranias, a cor dos campos e costumes, descobriu modelos para as suas pinturas e motivos para o seu projeto artístico. Aqui mandou construir esta casa, cuja planta é composta por dois corpos retangulares articulados em “T”. O corpo mais baixo, originalmente de um só piso corresponde à pequena casa térrea inicial que Malhoa ali mandou construir, possivelmente no ano de 1895.
Mais tarde, em 1898, sob traçado de Luiz Ernesto Reynaud, foi acrescentado um novo corpo, transformando-a numa verdadeira casa, onde a primitiva pequena casa é transformada no atelier de trabalho do Pintor, recebendo uma grande claraboia de ferro e vidro sobre a cobertura, há muito já desaparecida Destaca-se, no seu interior, a pequena sala de jantar aberta para a varanda alpendrada, onde as paredes são revestidas a pergamóide, imitando couro lavrado e as duas sobre-portas exibem frisos floridos em tela pintada a óleo, originais do pintor António Ramalho Júnior. A mesa de jantar e possivelmente o candeeiro da sala serão ainda peças sobreviventes do tempo do Pintor. O teto, em madeira, apresenta uns pequenos nichos que teriam pequenas obras de pintores amigos de Malhoa, entretanto desaparecidas.
Após a reabilitação de 1985, os nichos foram preenchidos com novas obras, produzidas e oferecidas por professores e alunos da Escola de Belas Artes de Lisboa. No jardim existe ainda o antigo caramanchão e um banco, ambos em ferro e contemporâneos do Pintor, e um lago ao gosto da época.

 

 

“O Casulo” de Malhoa é também o ponto de partida do percurso “Uma Volta à Vila, à Volta dos Quatro Artistas”.

Aqui poderá visitar uma exposição*, enriquecida com alguns objetos pessoais deste artista, que lhe permite ficar a saber mais sobre a casa e que revisita a vinda para Figueiró dos Vinhos de José Malhoa (1855-1933) e Henrique Pinto (1853-1912), dois pintores do Grupo do Leão, aqui trazidos a convite do Mestre e amigo José Simões d´Almeida Júnior (1844-1926), nascido em Figueiró, tal com o seu sobrinho José Simões d´Almeida (sobrinho) (1880-1950).

Ver o Casulo por fora é observar o resultado de sucessivas alterações que este sofreu na sua adaptação a residência privada após a venda em 1937.

O Busto de José Malhoa, do escultor caldense António Duarte (1912-1998), localizado já fora dos muros do Casulo, é também digno de nota. Originalmente colocado no Jardim Parque em 1956, foi trazido para a sua atual localização três décadas depois.

Solicite a visita no Museu e Centro de Artes.

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