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Monumento de Homenagem aos Bombeiros inaugurado no dia de Aniversário da Corporação de Figueiró dos Vinhos

maio 20, 2024

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Figueiró dos Vinhos celebrou 89 anos de existência no passado sábado dia 18 de maio, mas fez a festa ontem, dia 19 de maio, com um sabor muito especial.

A preceder a habitual Sessão Solene, ocorrida logo pela manhã no Quartel dos Bombeiros, foi inaugurado o Monumento de Homenagem ao Bombeiro oferecido pelo Município de Figueiró dos Vinhos àquela Associação. “Um gesto simbólico mas de profundo reconhecimento, que pretende materializar e perpetuar o apoio e agradecimento, da nossa comunidade, a este tão nobre grupo de cidadãos. Um gesto que podemos dirigir a todos os bombeiros deste país, mas que dedicamos, especialmente, aos homens e mulheres que fazem parte da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Figueiró dos Vinhos, que, sobre a premissa “Vida por Vida”, são, continuadamente, exemplos de abnegação, coragem, dedicação, competência e zelo.” As palavras proferidas durante a Sessão Solene por Jorge Abreu, Presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos, foram o resumo de um sentimento geral vivido por todos os presentes e que se propagou durante todo o evento: a oferta daquele Monumento é um ato justo e mais que merecido a um grupo de bombeiros e bombeiras que tudo faz em prol da comunidade, sem qualquer interesse a não ser ajudar e salvar vidas.

O Monumento, situado junto à Biblioteca Municipal e na frente do Quartel dos Bombeiros, foi realizado por Carolyn Morton, escultora britânica a residir na região há 12 anos. A escultora, também presente na cerimónia, afirma que “fazer uma escultura é como contar uma história. A história dá vida à escultura e torna-a mais do que, apenas, uma figura. A ideia era que a escultura mostrasse um Bombeiro a regressar de um trabalho bem feito. Eu precisava entender como é que um Bombeiro se sentiria depois de um trabalho desses, e, por isso, falei com o Comandante Jorge e ele disse-me: ‘Alívio. Sentimo-nos muito aliviados quando um trabalho corre bem.’ Isto deu-me a chave para o cerne do trabalho, é a inspiração para o seu rosto e para todo o seu comportamento: Ele tira o capacete e as luvas, abre o zíper da jaqueta e olhando para o quartel, está a sentir-se muito aliviado.”

O aniversário dos Bombeiros de Figueiró dos Vinhos, cujo papel é de uma relevância imensurável na nossa comunidade, teve casa cheia e contou, ainda, com a presença do Presidente da Assembleia Municipal de Figueiró dos Vinhos, Dr. Carlos Silva; do Comandante Regional de Emergência e Proteção Civil do Centro, Comandante Francisco Peraboa (em representação do Presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil); do Vice-Presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses, Eng.º Eduardo Correia; do Comandante Mário Bruno, em representação do Presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Leiria, bem como de outras entidades, sócios e população em geral.

 

 

Fábrica de fundição de ferro localizada na margem da Ribeira de Alge, que explorava para o seu funcionamento, o combustível existente nas matas existentes na proximidade. O seu primeiro alvará terá sido concedido em 1655. Esta fábrica foi encerrada de 1759 a 1761, tendo sido feitos esforços para a sua reabertura já no início do século XIX, em cumprimento da carta régia de 18 de maio de 1801. Contudo, estes esforços foram abandonados aquando das invasões francesas. As infraestruturas ainda foram usadas para o fabrico de armas pelo exército Miguelista a utilizar no cerco do Porto.

As Reais Ferrarias da Foz do Alge surgiram como recuperação das desactivadas Ferrarias de Tomar e Figueiró, mandadas encerrar entre 1759 e 1761.
Por Carta Régia de 18 de Maio de 1801, dirigida ao Bispo de Coimbra, Conde de Arganil e Reitor da Universidade de Coimbra, o então Príncipe Regente D. João, considerava "(...) a grande necessidade, e utilidade que ha de crear-se hum estabelecimento Público (...) que tenha a seu cargo dirigir as Casas de Moeda, Minas e Bosques (...)", para o desenvolvimento daqueles ramos da indústria, fundamentais para a Real Fazenda e para o bem estar da sociedade.

Considerando que José Bonifácio de Andrade e Silva, Professor de Metalurgia na Universidade de Coimbra, nas viagens científicas pela Europa que fizera a mando da Rainha D. Maria I, tinha adquirido vastos conhecimentos e experiência nas áreas das Ciências e da Indústria metalúrgica, bem como da Administração Pública, reunindo condições para o cargo, nomeava-o Intendente Geral das Minas e Metais do Reino, ficando "(...) encarregado de dirigir, e administrar as Minas, e Fundições de Ferro de Figueiró dos Vinhos; e de propor [ao Príncipe Regente] todas as providencias, e regulamentos que [julgasse] necessarios para pôr em acção, o valor produtivo das mesmas Ferrarias. (...)".

José Bonifácio de Andrade e Silva deveria organizar e consolidar o ensino da cadeira de Metalurgia na Universidade de Coimbra durante seis anos, findos os quais deveria ocupar-se unicamente da Intendência Geral das Minas e Metais, ocupando-se particularmente das Ferrarias de Figueiró dos Vinhos, localizadas junto da Foz de Alge, bem como da abertura das minas de carvão de pedra.

No ano seguinte foi iniciada a reconstrução dos edifícios e foi contratado pessoal para os trabalhos. Entre 1807 e 1809 José Bonifácio de Andrade e Silva suspendeu as suas funções, devido às Invasões Francesas, tendo-se alistado no Corpo Voluntário Académico. Há, no entanto, registos de documentação durante esse período. A Fundição recuperou, depois o seu funcionamento normal, tendo atingido um bom nível técnico, de acordo com um relatório de 1837 do Barão de Eschwege, então Intendente Geral das Minas e Metais (segundo um estudo de António Arala Pinto, in "Indústria Portuguesa", 1947, referido no "Dicionário de História de Portugal").

As minas e a fundição estiveram em laboração até ao princípio do século XX.

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