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Aprovados investimentos de 3 milhões de euros para a reposição de infraestruturas danificadas pelos incêndios

outubro 16, 2017

No seguimento do grave incêndio que deflagrou na região no passado dia 17 de junho, entre outras consequências trágicas e prejuízos que são do conhecimento geral, várias infraestruturas municipais foram gravemente afetadas, colocando em risco a segurança e a operacionalidade das mesmas.
Durante o mês de agosto foram apresentadas as respetivas candidaturas ao CENTRO2020, as quais estão já aprovadas e englobam um investimento de cerca de 3 milhões de euros.
As intervenções previstas referem-se à reposição de estradas municipais (pavimento, sinalética viária, marcações vias, guardas metálicas e railes), reparações no sistema de distribuição de água, substituição de abrigos de passageiros junto às estradas, substituição de contentores e ecopontos, intervenções em edifícios afetados, reposição de sinalização em percursos pedestres e intervenção em pontos de interesse turístico afetados (Grande Rota do Zêzere, Parede de Escalada do Cercal, etc).
Este conjunto de intervenções, que agora irão ter início, deverão estar concluídos no final do primeiro semestre de 2018, tendo o financiamento sido aprovado pelo CENTRO 2020, através fundos da União Europeia, com uma taxa de comparticipação de 85% e estando previsto que o remanescente seja financiado pelo Fundo de Emergência Municipal 2017.

Fábrica de fundição de ferro localizada na margem da Ribeira de Alge, que explorava para o seu funcionamento, o combustível existente nas matas existentes na proximidade. O seu primeiro alvará terá sido concedido em 1655. Esta fábrica foi encerrada de 1759 a 1761, tendo sido feitos esforços para a sua reabertura já no início do século XIX, em cumprimento da carta régia de 18 de maio de 1801. Contudo, estes esforços foram abandonados aquando das invasões francesas. As infraestruturas ainda foram usadas para o fabrico de armas pelo exército Miguelista a utilizar no cerco do Porto.

As Reais Ferrarias da Foz do Alge surgiram como recuperação das desactivadas Ferrarias de Tomar e Figueiró, mandadas encerrar entre 1759 e 1761.
Por Carta Régia de 18 de Maio de 1801, dirigida ao Bispo de Coimbra, Conde de Arganil e Reitor da Universidade de Coimbra, o então Príncipe Regente D. João, considerava "(...) a grande necessidade, e utilidade que ha de crear-se hum estabelecimento Público (...) que tenha a seu cargo dirigir as Casas de Moeda, Minas e Bosques (...)", para o desenvolvimento daqueles ramos da indústria, fundamentais para a Real Fazenda e para o bem estar da sociedade.

Considerando que José Bonifácio de Andrade e Silva, Professor de Metalurgia na Universidade de Coimbra, nas viagens científicas pela Europa que fizera a mando da Rainha D. Maria I, tinha adquirido vastos conhecimentos e experiência nas áreas das Ciências e da Indústria metalúrgica, bem como da Administração Pública, reunindo condições para o cargo, nomeava-o Intendente Geral das Minas e Metais do Reino, ficando "(...) encarregado de dirigir, e administrar as Minas, e Fundições de Ferro de Figueiró dos Vinhos; e de propor [ao Príncipe Regente] todas as providencias, e regulamentos que [julgasse] necessarios para pôr em acção, o valor produtivo das mesmas Ferrarias. (...)".

José Bonifácio de Andrade e Silva deveria organizar e consolidar o ensino da cadeira de Metalurgia na Universidade de Coimbra durante seis anos, findos os quais deveria ocupar-se unicamente da Intendência Geral das Minas e Metais, ocupando-se particularmente das Ferrarias de Figueiró dos Vinhos, localizadas junto da Foz de Alge, bem como da abertura das minas de carvão de pedra.

No ano seguinte foi iniciada a reconstrução dos edifícios e foi contratado pessoal para os trabalhos. Entre 1807 e 1809 José Bonifácio de Andrade e Silva suspendeu as suas funções, devido às Invasões Francesas, tendo-se alistado no Corpo Voluntário Académico. Há, no entanto, registos de documentação durante esse período. A Fundição recuperou, depois o seu funcionamento normal, tendo atingido um bom nível técnico, de acordo com um relatório de 1837 do Barão de Eschwege, então Intendente Geral das Minas e Metais (segundo um estudo de António Arala Pinto, in "Indústria Portuguesa", 1947, referido no "Dicionário de História de Portugal").

As minas e a fundição estiveram em laboração até ao princípio do século XX.

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