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Fazunchar

‘Onde a Arte faz a festa’ é o lema de FAZUNCHAR, o Festival de Arte Urbana que decorreu pela primeira vez no nosso concelho.

O Fazunchar, decorrido entre 24 de agosto e 1 de setembro foi o resultado de uma coorganização entre o Município e a MISTAKER MAKER – Plataforma de Intervenção Artística, igualmente responsável pela criação do conceito e curadoria. Tal como José Malhoa e Henrique Pinto outrora fizeram, a equipa da MISTAKER MAKER descobriu e redescobriu uma localidade, do interior português, bafejada pela arte com uma identidade imensa e rica, que se desmultiplica por inúmeros bens culturais, sejam históricos, arqueológicos, arquitetónicos, linguísticos, documentais, artísticos, etnográficos, etc., e que podem ser corporizados, espelhados e/ou exaltados por artistas, em novos valores de memória, de autenticidade, originalidade, raridade ou exemplaridade.

FAZUNCHAR, do laínte (dialeto exclusivo dos comerciantes de têxteis desta zona) que significa Fazer, pretende, assim, ‘fazer’ mais por este território e pelas suas gentes, porque aqui, tal como em qualquer outro local mais interior e esquecido de Portugal, é urgente transmitir e preservar o corpus cultural de uma entidade coletiva. 

Renovar a projeção de Figueiró dos Vinhos à escala nacional, enquanto produtor e palco de atividade artística e cultural na contemporaneidade, não esquecendo a sua história e contributo no panorama nacional das artes, apresentou-se, desta forma, como o objetivo primordial da 1.ª Edição deste Festival de Arte Urbana.

O evento acolheu diversos artistas de variadíssimas âmbitos e nacionalidades, entre os quais Julio Anaya Cabanding(pintura e muralismo - Espanha), Mohamed L’Ghacham (pintura e muralismo - Marrocos), Agnès Varda e JR (cinema e fotografia, respetivamente - França) e os portugueses Aheneah (Ana Martins - design gráfico), Halfstudio (Lettering e Sign Painting), Monk (Grafiti), Nuno Sarmento (desenho), Rute Ferraz (fotografia), Vasco Mendes (vídeo), Ana Seixas, André da LobaAndré LetriaMariana RioMargarida GirãoTiago Galo (ilustração), Noiserv e Homem em Catarse (música).

A festa da arte contemplou, deste modo, um diálogo constante e diferenciado entre as diversas áreas presentes, desde pintura mural (revisitando lugares que já inspiraram José Malhoa e os seus contemporâneos), instalação (várias montras do comércio local), concertosfilmesworkshops para todas as idades, exposições, residências artísticas (nas áreas da música, desenho, fotografia e vídeo, que registaram o quotidiano de Figueiró dos Vinhos e, em especial, essa semana de trabalhos), visitas guiadas e conversas com os artistas!

FAZUNCHAR 2019, contou com o patrocínio da SOTINCO e com um enorme conjunto de parceiros e apoios, locais e nacionais, integrou a candidatura “Produtos Turísticos da Região de Leiria”, promovida pela CIMRL – Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria e foi cofinanciada pelo CENTRO2020PORTUGAL 2020 e União Europeia através do fundo FEDER e apoiada pela Turismo Centro de Portugal estando integrada na estratégia de promoção turística da Região.

 

Consulte aqui o mapa: https://bit.ly/2lLL0dG

 

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Fábrica de fundição de ferro localizada na margem da Ribeira de Alge, que explorava para o seu funcionamento, o combustível existente nas matas existentes na proximidade. O seu primeiro alvará terá sido concedido em 1655. Esta fábrica foi encerrada de 1759 a 1761, tendo sido feitos esforços para a sua reabertura já no início do século XIX, em cumprimento da carta régia de 18 de maio de 1801. Contudo, estes esforços foram abandonados aquando das invasões francesas. As infraestruturas ainda foram usadas para o fabrico de armas pelo exército Miguelista a utilizar no cerco do Porto.

As Reais Ferrarias da Foz do Alge surgiram como recuperação das desactivadas Ferrarias de Tomar e Figueiró, mandadas encerrar entre 1759 e 1761.
Por Carta Régia de 18 de Maio de 1801, dirigida ao Bispo de Coimbra, Conde de Arganil e Reitor da Universidade de Coimbra, o então Príncipe Regente D. João, considerava "(...) a grande necessidade, e utilidade que ha de crear-se hum estabelecimento Público (...) que tenha a seu cargo dirigir as Casas de Moeda, Minas e Bosques (...)", para o desenvolvimento daqueles ramos da indústria, fundamentais para a Real Fazenda e para o bem estar da sociedade.

Considerando que José Bonifácio de Andrade e Silva, Professor de Metalurgia na Universidade de Coimbra, nas viagens científicas pela Europa que fizera a mando da Rainha D. Maria I, tinha adquirido vastos conhecimentos e experiência nas áreas das Ciências e da Indústria metalúrgica, bem como da Administração Pública, reunindo condições para o cargo, nomeava-o Intendente Geral das Minas e Metais do Reino, ficando "(...) encarregado de dirigir, e administrar as Minas, e Fundições de Ferro de Figueiró dos Vinhos; e de propor [ao Príncipe Regente] todas as providencias, e regulamentos que [julgasse] necessarios para pôr em acção, o valor produtivo das mesmas Ferrarias. (...)".

José Bonifácio de Andrade e Silva deveria organizar e consolidar o ensino da cadeira de Metalurgia na Universidade de Coimbra durante seis anos, findos os quais deveria ocupar-se unicamente da Intendência Geral das Minas e Metais, ocupando-se particularmente das Ferrarias de Figueiró dos Vinhos, localizadas junto da Foz de Alge, bem como da abertura das minas de carvão de pedra.

No ano seguinte foi iniciada a reconstrução dos edifícios e foi contratado pessoal para os trabalhos. Entre 1807 e 1809 José Bonifácio de Andrade e Silva suspendeu as suas funções, devido às Invasões Francesas, tendo-se alistado no Corpo Voluntário Académico. Há, no entanto, registos de documentação durante esse período. A Fundição recuperou, depois o seu funcionamento normal, tendo atingido um bom nível técnico, de acordo com um relatório de 1837 do Barão de Eschwege, então Intendente Geral das Minas e Metais (segundo um estudo de António Arala Pinto, in "Indústria Portuguesa", 1947, referido no "Dicionário de História de Portugal").

As minas e a fundição estiveram em laboração até ao princípio do século XX.

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