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Ver e Fazer (46)

fonte das freiras

fonte das freirasA Fonte das Freiras foi construída numa das entradas mais antigas da vila, a que então chamavam o Terreiro das Freiras, tendo sido reedificada pelo mestre pedreiro, Domingos de Figueiredo, morador em Belver, por escritura pública lavrada em Figueiró, em 17 de setembro de 1691, entre esse mestre e os oficiais da Câmara de Figueiró.
A designação de Fonte das Freiras advém da vizinhança do Mosteiro de Santa Clara, de freiras franciscanas, que ali existiu, entre os séculos XVI e XIX.
No local existe um lago subterrâneo, ou uma “mãe-d’água”, que se divide em várias nascentes periféricas, produzindo ainda um curso de água, a Ribeira da Madre, que depois atravessa a vila, de Norte para Sul.
No século XVII, foi construída uma conduta subterrânea, em pedra, com várias galerias, para que a água chegasse até ao Convento dos Frades Carmelitas Descalços de Nossa Senhora do Carmo, situado no Fundo da Vila. 

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Solar construído pelo Capitão da Índia, Manoel Godinho de Sá, como se lê na pedra de armas na fachada principal, nos seus bordos laterais, datado de 1681. Edifício de linhas sóbrias e cuidadas, insere-se no retorno ao classicismo pós estilo manuelino. As esquinas e o soco do edifício são rematados por cadeias de pedra de granito, nascendo as esquinas em colunas embebidas em estilóbata e rematadas por um listel curvo que termina no entablamento da cornija.
No segundo piso, um varandim com telhado suspenso por pilares, com beirado “à portuguesa” de traçado orientalista.
É ainda da construção original a porta de entrada do segundo piso, que abre para o varandim, maciça e em castanho, de almofadas e com pregaria de ferro.
Descendente da família dos Godinho de Sá e dos Moxões, igualmente da mesma vila, foi Cavaleiro do Hábito de Cristo e Capitão-mor da Índia, onde esteve 38 anos, passando parte destes na China.
Tendo regressado ao reino muito rico, fez doação à Confraria do Santíssimo Sacramento da Igreja de S. João Batista de Figueiró dos Vinhos de um “excelente cofre de prata, cheio de pregaria, por Deus o haver trazido ao Reino” datado de 1651.

Fábrica de fundição de ferro localizada na margem da Ribeira de Alge, que explorava para o seu funcionamento, o combustível existente nas matas existentes na proximidade. O seu primeiro alvará terá sido concedido em 1655. Esta fábrica foi encerrada de 1759 a 1761, tendo sido feitos esforços para a sua reabertura já no início do século XIX, em cumprimento da carta régia de 18 de maio de 1801. Contudo, estes esforços foram abandonados aquando das invasões francesas. As infraestruturas ainda foram usadas para o fabrico de armas pelo exército Miguelista a utilizar no cerco do Porto.

As Reais Ferrarias da Foz do Alge surgiram como recuperação das desactivadas Ferrarias de Tomar e Figueiró, mandadas encerrar entre 1759 e 1761.
Por Carta Régia de 18 de Maio de 1801, dirigida ao Bispo de Coimbra, Conde de Arganil e Reitor da Universidade de Coimbra, o então Príncipe Regente D. João, considerava "(...) a grande necessidade, e utilidade que ha de crear-se hum estabelecimento Público (...) que tenha a seu cargo dirigir as Casas de Moeda, Minas e Bosques (...)", para o desenvolvimento daqueles ramos da indústria, fundamentais para a Real Fazenda e para o bem estar da sociedade.

Considerando que José Bonifácio de Andrade e Silva, Professor de Metalurgia na Universidade de Coimbra, nas viagens científicas pela Europa que fizera a mando da Rainha D. Maria I, tinha adquirido vastos conhecimentos e experiência nas áreas das Ciências e da Indústria metalúrgica, bem como da Administração Pública, reunindo condições para o cargo, nomeava-o Intendente Geral das Minas e Metais do Reino, ficando "(...) encarregado de dirigir, e administrar as Minas, e Fundições de Ferro de Figueiró dos Vinhos; e de propor [ao Príncipe Regente] todas as providencias, e regulamentos que [julgasse] necessarios para pôr em acção, o valor produtivo das mesmas Ferrarias. (...)".

José Bonifácio de Andrade e Silva deveria organizar e consolidar o ensino da cadeira de Metalurgia na Universidade de Coimbra durante seis anos, findos os quais deveria ocupar-se unicamente da Intendência Geral das Minas e Metais, ocupando-se particularmente das Ferrarias de Figueiró dos Vinhos, localizadas junto da Foz de Alge, bem como da abertura das minas de carvão de pedra.

No ano seguinte foi iniciada a reconstrução dos edifícios e foi contratado pessoal para os trabalhos. Entre 1807 e 1809 José Bonifácio de Andrade e Silva suspendeu as suas funções, devido às Invasões Francesas, tendo-se alistado no Corpo Voluntário Académico. Há, no entanto, registos de documentação durante esse período. A Fundição recuperou, depois o seu funcionamento normal, tendo atingido um bom nível técnico, de acordo com um relatório de 1837 do Barão de Eschwege, então Intendente Geral das Minas e Metais (segundo um estudo de António Arala Pinto, in "Indústria Portuguesa", 1947, referido no "Dicionário de História de Portugal").

As minas e a fundição estiveram em laboração até ao princípio do século XX.

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